Rondas à cidade: uma coreografia do poder

Autores

  • Heloisa Rodrigues Fernandes Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Sociologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/ts.v1i2.84774

Palavras-chave:

Violência policial, Violência urbana, Ronda policial, Vigilância policial, Cidadania

Resumo

Este artigo procura interpretar algumas dimensões das práticas policiais de esquadrinhamento e vigilância do espaço urbano paulistano da década de 70: as rondas. Analisa a reorganização do aparalho policial pela ideologia da segurança nacional que, centrada na tese do "inimigo interno", transforma o cidadão em "suspeito", discriminando especialmente o trabalhador ao qual cabe o ônus de provar que não é "bandido" ou marginal". Discute como a imprensa do período tende a criticar as rondas apenas pelos seus "excessos". Aponta alguns paradoxos do "discurso da suspeita" e, entre eles, o mais escandaloso: em nome do "cidadão do bem" dissolve a cidadania.

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Biografia do Autor

  • Heloisa Rodrigues Fernandes, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Sociologia

    Professora doutora do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. 

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Publicado

1989-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Fernandes, H. R. (1989). Rondas à cidade: uma coreografia do poder. Tempo Social, 1(2), 121-134. https://doi.org/10.1590/ts.v1i2.84774