O Renascimento da Língua Hebraica e sua Continuidade na Diáspora

Autores

  • Esther Szuchman FFLCH-USP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-5894.ip53-69

Resumo

O conjunto de processos que ocorre atualmente em diversas esferas da vida tornou o mundo no qual vivemos uma “aldeia global”. Distâncias geográficas, antes consideradas intransponíveis, foram superadas por meio da alta tecnologia, possibilitando uma maior aproximação entre diversos grupos culturais. Roupas, alimentos, filmes e composições musicais são universalmente familiares.

Essas transformações produziram reflexos em diversas áreas do conhecimento e, sobretudo, na linguagem. Após ter sido usada por mais de 1700 anos, essencialmente como veículo de expressão literária escrita e de orações, a língua hebraica foi revitalizada e integrada de forma viva e em uso com o restabelecimento do Estado judeu.

Como observa justamente Agnon: com o passar do tempo, e, sobretudo, durante o longo exílio alguns sábios já misturavam em seus livros temas sacros e laicos “cessaram de aproveitar- se da santidade das letras e escreveram sobre temas variados.”

Os livros deixaram de debater exclusivamente normas, leis e comentários religiosos e éticos e deixaram de estar prenhes de louvores a Deus e de lamentos pelas aflições de Israel. Essas obras estavam agora dedicadas também à poesia, contos, dramas ou simplesmente dedicados ao gozo mundano.

Vale lembrar, no entanto, que a “língua sagrada hebraica” tornou-se “secular laica” já na Europa, com o movimento de Emancipação da Europa do Século XIX (ilustração judaica), antes mesmo do movimento sionista (cuja representação simbólica era torná-la uma língua viva e em uso).

Atualmente, o hebraico é a língua oficial e nacional do Estado de Israel, falada e escrita em todas as áreas do conhecimento: na filosofia, na imprensa, na tecnologia e na literatura.

As transformações sofridas pela língua em Israel, desde sua adoção como língua nacional e oficial do Estado, absorvendo influencias inicialmente do Iídiche, Russo e do Inglês e, sendo esta ultima “língua franca” e hegemônica no mundo atual, tem contribuído de forma singular no ensino da língua hebraica como língua adicional na Diáspora.

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Publicado

2011-12-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O Renascimento da Língua Hebraica e sua Continuidade na Diáspora. (2011). Vértices, 53-69. https://doi.org/10.11606/issn.2179-5894.ip53-69