Efeitos da narrativa na vivência transexual: a história de Susan Grey

Autores

  • Tatiana Piccardi Associação Helena Piccardi de Andrade Silva Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Grupo de Estudos em Narrativa e Medicina http://orcid.org/0000-0002-1391-4245

DOI:

https://doi.org/10.11606/va.v0i29.107943

Palavras-chave:

gênero, discurso, identidade, narrativa, ato de fala

Resumo

Este trabalho visa promover a reflexão sobre subjetividade, identidade, narrativa e ato de fala por meio do diálogo com uma história incomum: a trajetória de uma transexual que decidiu afirmar sua identidade feminina e transformar sua angústia em narrativa. Propomos que a narrativa de si pode ser entendida como ato de fala específico, que afeta, de modo particular, o sujeito que enuncia e, neste caso, promove construção da identidade e alívio para o sofrimento. A abordagem teórica adotada para análise discursiva é a pragmática originada em Austin (1975), combinada com debates recentes sobre identidade e reflexões sobre as relações entre linguagem, literatura, narrativa e saúde, promovidas pelo GENAM (Grupo de Estudos em Narrativa Médica -FFLCH/USP, São Paulo, Brasil).  

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Tatiana Piccardi, Associação Helena Piccardi de Andrade Silva Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Grupo de Estudos em Narrativa e Medicina

    Mestre e doutora em Letras pela USP e pós-doutora em Linguística pela Unicamp. Atua atualmente na AHPAS – Associação Helena Piccardi de Andrade Silva – como gestora social voluntária no desenvolvimento de serviços e projetos de apoio a crianças e adolescentes em tratamento de câncer. É responsável pela implantação do projeto Educação em Movimento para as famílias atendidas pela Associação, com ênfase no desenvolvimento de ações sociais baseadas na escuta atenta dos relatos da experiência de ter câncer. É responsável também pela coordenação do Grupo de Estudos Saudar, que visa a pesquisar as relações entre linguagem e práticas em saúde.

    De maio de 2011 a abril de 2014, foi Pesquisadora Responsável pelo projeto Abordagens Pragmáticas sobre a Linguagem, com apoio FAPESP, implantado na Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH/UNIFESP). Um dos objetivos do projeto foi analisar as relações entre linguagem e práticas de saúde da perspectiva da pragmática social e da teoria dos atos de fala.  

    É pesquisadora voluntária no GENAM (Grupo de Estudos em Narrativa e Medicina da Universidade de São Paulo).

     

Downloads

Publicado

2016-09-27

Edição

v. 17 n. 1 (2016): Tecidos do humano - literatura e medicina

Seção

Dossiê 29: Tecidos do Humano - Literatura e Medicina

Licença

Copyright (c) 2016 Tatiana Piccardi

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

    • Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
    • Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
    • Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).

Como Citar

PICCARDI, Tatiana. Efeitos da narrativa na vivência transexual: a história de Susan Grey. Via Atlântica, São Paulo, v. 17, n. 1, p. 173–187, 2016. DOI: 10.11606/va.v0i29.107943. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/107943.. Acesso em: 18 abr. 2024.