Contra os queers, marchar, marchar!

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/va.v0i33.140051

Palavras-chave:

Pornografia homossexual, homofobia, O Bispo de Beja, anticlericalismo

Resumo

Nos finais do século XIX, os republicanos portugueses vão tentar abalar a monarquia praticando um verdadeiro gay bashing contra algumas figuras do governo. A homofobia torna-se um elemento de ataque político para demonstrar “a degenerescência” da monarquia. Embora a igreja também fosse um alvo, em Portugal, os ataques raramente foram ad hominem. No entanto, a publicação de O Bispo de Beja (Santos Vieira, 1910), vai alimentar tanto o anticlericalismo republicano quanto a homofobia, constituindo um texto eminentemente queer por dar visibilidade a uma sexualidade não normativa, já presente na literatura erótica e pornográfica publicada em Portugal ao longo do século XIX.

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Biografia do Autor

  • Fernando Curopos, Université Paris-Sorbonne

    Professor associado com provas de agregação. Departamento de Estudos Ibéricos e Ibero-americanos. Especialista em estudos de gênero e estudos LGBTQ.

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Publicado

2018-09-11

Edição

Seção

Dossiê 33: Queerizar o cânone luso-afro-brasileiro

Como Citar

CUROPOS, Fernando. Contra os queers, marchar, marchar!. Via Atlântica, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 135–149, 2018. DOI: 10.11606/va.v0i33.140051. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/140051.. Acesso em: 19 abr. 2024.