Para o estudo da imitatio camoniana

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/va.i42.178330

Palavras-chave:

imitatio, século XVI, poesia lírica, retórica

Resumo

O artigo oferece uma perspectiva sobre a prática imitativa de Camões, considerando a imitação como normativa para a escrita de poesia, no século XVI. Comparamos alguns poemas que parecem oferecer boa compreensão da variedade de procedimentos empregues por Camões no processo, procurando apreender a reestruturação argumentativa assim imposta ao texto modelar imitado. Como um anexo, disponibilizamos uma listagem mais completa das aproximações possíveis, em grande medida com base nos comentários de Faria e Sousa e na crítica do século XX.

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Biografia do Autor

  • Matheus de Brito, Universidade Estadual de Campinas. Departamento de Teoria Literária

    Licenciado laudabiliter et honorifice em Português pela Universidade de Coimbra (2011). Doutorado em Materialidades da Literatura pela Universidade de Coimbra em cotutela com a Universidade Estadual de Campinas (2017), tese aprovada com distinção e louvor. Atualmente investigador pós-doutor no Departamento de Teoria Literária (IEL-Unicamp) com projeto de pesquisa financiado pela Fapesp (no. 2017/11260-4), membro do Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos (Universidade de Coimbra).

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Publicado

2022-12-15

Edição

Seção

Dossiê 42: Os Lusíadas 450 anos

Como Citar

BRITO, Matheus de. Para o estudo da imitatio camoniana. Via Atlântica, São Paulo, v. 23, n. 2, p. 65–107, 2022. DOI: 10.11606/va.i42.178330. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/178330.. Acesso em: 19 abr. 2024.