“O que está em jogo quando insistimos tanto que a subalterna fala?” Problemas tradutórios e epistemológicos do ensaio de Gayatri Spivak no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/va.i41.189897

Palavras-chave:

Subalternidade, Tradução, Gayatri Spivak

Resumo

A repercussão do ensaio de Gayatri Spivak Can the Subaltern Speak? (1985/1988) foi internacionalmente grande, mas menos conhecida é sua modificação sobre a visão interpretativa do termo “sujeito subalterno” no livro A Critique of Postcolonial Reason (1999), na parte “História”. Em 2000, a autora participou do congresso da ABRALIC (Terra & Gentes), em Salvador da Bahia, mas não deixou rastros no Brasil - até a tradução do ensaio como livro, Pode o Subalterno falar?, pela editora da UFMG, em 2010. O artigo proposto acrescenta a nova conclusão, a fim de completar a importância da revisão da autora sobre seu posicionamento no debate sobre a subalternidade.

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Biografia do Autor

  • Natália Lima Ribeiro, Universidade Federal do Pará

    Mestra em Estudos Literários pela Universidade Federal do Pará (UFPA), professora efetiva de língua portuguesa na Secretaria Estadual de Educação do Pará (SEDUC-PA). Atualmente faz parte como colaboradora e tradutora do grupo de pesquisa Amazonia - Narratologia - Anthropocene (ANA), coordenado pelo professor Dr. Gunter Karl Pressler (UFPA). A pesquisa desenvolvida objetiva o aprofundamento teórico sobre o discurso narrativo, particularmente, sobre as grandes narrativas, Amazônia (espaço cultural) e o Antropoceno, a nova época geológica.

     

     

  • Gunter Karl Pressler, Universidade Federal do Pará

    Professor de Teoria Literária da Universidade Federal do Pará (Graduação) e do PPGLetras/Belém e do PPLinguagens e Saberes na Amazônia/UFPA - Campus Bragança. Pós-Doutorado no Interdisciplinary Center for Narratology (ICN) University of Hamburg/Alemanha, com bolsa da CAPES, 2014/2015. Ocupação da Cátedra de Estudos Brasileiros Sérgio Buarque de Holanda (Universidade Livre de Berlim e DAAD), 2013/2014. Pós-doutorado nas Universidades de Osnabrück e Constança/Alemanha, com bolsa da CAPES, 2004/2005. Doutor pela FFLCH da Universidade de São Paulo, 1995, com uma tese sobre a recepção de Walter Benjamin no Brasil (livro/CD, 2006); Mestre pelo Instituto da História da Literatura e Língua Alemã da Universidade de Munique: Ludwig-Maximilians-Universität München, 1985, com um estudo sobre a filosofia da linguagem em W.Benjamin (livro, 1992). Atua nas Linhas de Pesquisa: Literatura - Interpretação, circulação e recepção (PPGL - Mestrado e Doutorado da UFPA, Belém); Leitura e Tradução Cultural (PPLSA - Mestrado da UFPA, Bragança). Pesquisas sobre Walter Benjamin, Dalcídio Jurandir, Literatura da e sobre Amazônia, Teoria da Recepção, Ficcionalidade/Factualidade, Narratologia, Filosofia da Linguagem. Co-organizador do Simpósio internacional e interdisciplinar Amazônia - modernidade polifônica e espaços culturais (Berlin, 2014). Atualmente, coordena o grupo de pesquisa Amazonia - Narratologia - Anthropocene (ANA), o qual desenvolve um pesquisa sobre  o aprofundamento teórico sobre o discurso narrativo, particularmente, sobre as grandes narrativas, Amazônia (espaço cultural) e o Antropoceno, a nova época geológica.

     

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Publicado

2022-07-28

Edição

Seção

Dossiê 41: Margens do Atlântico em Português

Como Citar

RIBEIRO, Natália Lima; PRESSLER, Gunter Karl. “O que está em jogo quando insistimos tanto que a subalterna fala?” Problemas tradutórios e epistemológicos do ensaio de Gayatri Spivak no Brasil. Via Atlântica, São Paulo, v. 23, n. 1, p. 337–401, 2022. DOI: 10.11606/va.i41.189897. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/189897.. Acesso em: 25 abr. 2024.