Elementos da Distopia em Ventania Brava, de Luiz Bras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/va.i38.162557

Palavras-chave:

Ventania Brava, Luiz Bras, distopia

Resumo

Neste texto, abordamos a narrativa Ventania Brava, de Luiz Bras, ambientada em 2090, procurando identificar e compreender a configuração da distopia no mundo narrado, especialmente em que medida sua estrutura estampa os temores da contemporaneidade, como crítica e alerta à sociedade. O relato destaca as ações de um governo ocupado por personagens adolescentes, sublinhando atitudes, desejos e expectativas dessa faixa etária, que vem ganhando cada vez mais visibilidade nos espaços sociais, notadamente como consumidora ávida de bens culturais. Refletimos, inicialmente, sobre a atuação do mercado do livro e a produção de bens culturais destinados aos jovens e adolescentes, destacando, na literatura juvenil, aspectos da narrativa distópica. Observamos, por fim, elementos que, na obra de Luiz Bras, configuram a distopia e proporcionam a seus leitores a reflexão acerca da realidade e a consequente experiência de participação como seres-no-mundo.

 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Juliana Garcia de Mendonça Hanke, Universidade Estadual de Maringá

    Graduada em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas correspondentes pela Universidade Estadual de Maringá (2014). Doutorando em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM/em andamento), na linha de pesquisa Campo Literário e Fomação do Leitor. Mestre em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM/2018), em Campo Literário e Formação do Leitor. Dissertação dedicada à pesquisa do fenômeno crossover fiction em obras de Machado de Assis. Especialista em Docência no Ensino Superior pela Unicesumar (2016). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura, atuando principalmente nos temas a seguir: literatura infantil e juvenil, mercado editorial, crossover fiction e obras machadianas.

  • Alice Áurea Penteado Martha, Universidade Estadual de Maringá

    Doutorado em Letras Assis pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1995). Atualmente é professor Associado da Universidade Estadual de Maringá. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira, atuando principalmente nos seguintes temas: leitura, literatura infantil, literatura brasileira, literatura e Monteiro Lobato. Coordenadora do Centro de Estudos de Literatura, leitura e escrita: história e ensino - CELLE, certificado pelo CNPq/UEM

Referências

BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas: Introdução, organização e seleção Sergio Miceli. Tradução de Sergio Miceli, Silvia de Almeida Prado, Sonia Miceli e Wilson Campos Vieira. 8. ed. São Paulo: Perspectiva, 2015.

CHAUÍ, Marilena. Notas sobre utopia. Ciência e Cultura, São Paulo, v.60, 2008. ISSN 2317-6660. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252008000500003. Acesso em: 30 set. 2018.

FARIAS, Cássia. Um estudo sobre o corpo na literatura juvenil distópica. In: Anais do VIII Seminário dos Alunos dos Programas de Pós-Graduação do Instituto de Letras da UFF – Estudos de Literaturas. n. 1, p. 95-105, 2017. Disponível em: http://www.anaisdosappil.uff.br/index.php/VIIISAPPIL-Lit/article/view/696/490. Acesso em: 30 set. 2018.

HILÁRIO, Leomir Cardoso. Teoria crítica e literatura: distopia como ferramenta de análise radical da modernidade. Anu, Lit., Florianópolis, v.18, n.2, p. 201-215, 2013. ISSNe 2175-7917. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/27842. Acesso em: 28 set. 2018.

HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX 1914-1991. Tradução de Marcos Santarrita. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 314-336.

MARTHA, Alice Áurea Penteado. Narrativas de língua portuguesa: temas de fronteira para crianças e jovens. In: Língua portuguesa: ultrapassar fronteiras, juntar culturas. Universidade de Évora, p. 1-22, 2010. ISBN: 978-972-99292-4-3. Disponível em: http://www.simelp2009.uevora.pt/pdf/slt59/02.pdf. Acesso em: 28 set. 2018.

RABECCHI, Ana Lúcia Gomes da Silva. Utopias e distopias: conflitos paradigmáticos. Cadernos Cespuc, Belo Horizonte, n.19. 2010. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoscespuc/article/view/7823. Acesso em: 28 set. 2018.

VALENTE, Thiago Alves. Utopia, distopia e realidade: um novo verismo na literatura para jovens. Letras e Hoje, Porto Alegra, v. 45, n.3, p.70-74, jul./set. 2010. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/viewFile/8123/5812. Acesso em: 28 set. 2018.

VALENTE, Thiago Alves. Brandão e Bernardo: narrativa, filosofia e ficção. In: Abralic. XIV Congresso Internacional – Fluxos e correntes: trânsitos e traduções literárias, Belém, 2015. Disponível em: http://www.gustavobernardo.com/brandaobernardo.pdf. Acesso em: 30 de set. 2018.

WELLERSHOFF, Dieter. Literatura, mercado e indústria cultural. Tradução de Teresa Balté. Humboldt, Hamburgo, 1970, p.44-48.

Downloads

Publicado

2020-12-23

Como Citar

HANKE, Juliana Garcia de Mendonça; MARTHA, Alice Áurea Penteado. Elementos da Distopia em Ventania Brava, de Luiz Bras. Via Atlântica, São Paulo, v. 21, n. 2, p. 195–220, 2020. DOI: 10.11606/va.i38.162557. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/162557.. Acesso em: 19 abr. 2024.