Vestígios do amor cortês e a figura da mulher na poesia de Alice Ruiz: as residualidades medievais na sala de aula

Autores

  • Marivaldo Omena Batista Universidade Federal da Paraíba
  • Renata Junqueira de Souza Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

DOI:

https://doi.org/10.11606/va.i39.174318

Palavras-chave:

Poesia de Alice Ruiz, Mulher, Amor, Ensino

Resumo

A poética de Alice Ruiz contempla um posicionamento crítico em torno do amor e do gênero. Com efeito, o artigo procura analisar os vestígios do medievo na temática do amor cortês e da mulher na poesia da compositora curitibana. A percepção destes conteúdos pode potencializar debates no espaço escolar acerca das questões culturais, históricas e sociais de uma literatura que testemunha a condição da mulher. Os estudos da Teoria da Residualidade, de Pontes (2019), e das relações entre literatura e história, de Mignolo (2001) favorecem a leitura da escrita da haicaísta. A metodologia corresponde à pesquisa bibliográfica e qualitativa, já que procura fomentar a mediação da poesia na escola.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Marivaldo Omena Batista, Universidade Federal da Paraíba

    Doutorando na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) na área de concentração Literatura, Teoria e Crítica, na linha de Leituras Literárias. É Professor de Língua Portuguesa da Escola Municipal José Sérgio Veras (EMJSV Sertânia/PE) e docente do curso de Letras da Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde (AESA Arcoverde/PE).

  • Renata Junqueira de Souza, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

    Possui graduação em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1987), mestrado em Linguística e Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1990), doutorado em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000) e é livre-docente pela mesma Instituição (2012) no conjunto das disciplinas Conteúdos, Metodologia e Prática de Ensino de Língua Portuguesa I e II e Leitura, Literatura e Interpretação de Textos no Processo de Formação de Professores.. Atualmente é professor visitante da Universidade do Minho e professor assistente doutor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino-Aprendizagem, atuando principalmente nos seguintes temas: leitura, formação de leitores, literatura infantil, literatura e formação de professores, estratégias de leitura.

Referências

AURELL, Jaume. O Novo Medievalismo e a interpretação dos textos históricos. Roda da Fortuna. Revista Eletrônica sobre Antiguidade e Medievo, v. 4, n. 2, p. 184-208, 2015.

BARROS, José D’Assunção. O amor cortês – suas origens e significados. Raído, Dourados, MS, v. 5, n. 9, p. 195-216, jan./jun. 2011.

COLOMER, Teresa. A formação do leitor literário: narrativa infantil e juvenil atual. São Paulo: Global, 2002. Tradução Laura Sandroni.

DOMINGUES, Ana Beatriz Ferreira Fernandes. O silenciamento da mulher no discurso do amor cortês. Revista Leitura, Maceió, n. 28-29, p. 139-151, 2001.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2011. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva, Guaracira Lopes Louro.

KLINGER, Diana. Literatura e ética: da forma para a força. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2014.

KLEIMAN, A. Leitura: ensino e pesquisa. 4. ed. Campinas: Pontes Editores, 2011.

LEMINSKI, Paulo; RUIZ, Alice. Afrodite: quadrinhos eróticos. São Paulo: Veneta, 2015. Roteiro de Alice Ruiz e Paulo Leminski. Organização de Worney Almeida de Souza. Prefácio de Alice Ruiz. Ilustração de Flávio Colin, Júlio Shimamoto, Claudio Seto, Marília Guasque, Rodval Matias, Morzat Cout, Eros Maichrowicz e Itamar Gonçalves.

MIGNOLO, Walter D. Lógica das diferenças e política das semelhanças: da Literatura que parece História ou Antropologia e vice-versa. In: CHIAPPINI, Lígia & AGUIAR, Flávio Wolf de (org.). Literatura e História na América Hispânica: Seminário Interncional, 9 a 13 de setembro de 1991. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001, p. 115-134. Tradução de Joyce Rodrigues Ferraz, Ivone Daré Rabello e Sandra Vasconcelos.

ORNELLAS, Sandro. Da autonomia à Pós-autonomia: poesia como crítica do presente (notas de pesquisa). Landa, v. 1, n° 2, p. 132-152, 2013.

PINHEIRO, Hélder. Poesia na sala de aula. 3. ed. ampliada. Campina Grande: Bagagem, 2007.

PONTES, R. Lindes disciplinares da teoria da residualidade. Decifrar, v. 14, n. 14, p. 11-20, 2019.

RIDENTI, Marcelo Siqueira. As mulheres na política brasileira: os anos de chumbo. Tempo Social. São Paulo, n. 2, v. 2, p. 113-128, 1990.

RUIZ, Alice. Dois em um. São Paulo: Iluminuras, 2008.

RUIZ, Alice. Navalhanaliga. São Paulo: iluminuras, 1980.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998. Tradução de Cláudia Schilling.

SPINA, S. Apresentação da lírica trovadoresca. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1956.

ZOLIN, Lúcia Osana. Crítica feminista e Literatura de autoria feminina. In: BONNICI, Thomas; ZOLIN, Lúcia Osana. (Org.). Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. Maringá: Eduem, 2009.

Downloads

Publicado

2021-09-20

Edição

Seção

Dossiê 39: Literatura, feminismos e história: imbricações possíveis

Como Citar

BATISTA, Marivaldo Omena; SOUZA, Renata Junqueira de. Vestígios do amor cortês e a figura da mulher na poesia de Alice Ruiz: as residualidades medievais na sala de aula. Via Atlântica, São Paulo, v. 22, n. 1, p. 162–194, 2021. DOI: 10.11606/va.i39.174318. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/174318.. Acesso em: 17 abr. 2024.