Uma rabiscadora: Helena Lima Santos, cronista do Alto Sertão Baiano

Autores

  • Maria Lúcia Porto Nogueira Universidade do Estado da Bahia
  • Zoraide Portela Silva Universidade do Estado da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.11606/va.i39.180933

Palavras-chave:

Helena Lima Santos, Memória, Estudos feministas, Gênero, Literatura

Resumo

No presente artigo, buscamos analisar as práticas discursivas de Helena Lima Santos, escritora baiana, em textos jornalísticos produzidos na década de 1990. Na perspectiva dos estudos feministas e literários, utilizamos as categorias “experiência” e “memória” para analisar a forma como a autora procurou defender a cultura sertaneja e a preservação das singularidades de um espaço-tempo social. Selecionamos doze crônicas sobre educação, ensino de qualidade, defesa do patrimônio histórico e cultural e críticas a conjunturas político-sociais para esmiuçar e problematizar as questões de gênero sub-repticiamente implícitas nas narrativas, sem desprezar os rastros de uma escrita autobiográfica.

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Biografia do Autor

  • Maria Lúcia Porto Nogueira, Universidade do Estado da Bahia

    Professora Adjunta de História na Universidade da Bahia (UNEB)

  • Zoraide Portela Silva, Universidade do Estado da Bahia

    Professora do Departamento de Ciências Humanas (DCH/VI) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), desde 1995; docente permanente do Programa de Pós-Graduação – Mestrado – em Ensino, Linguagem e Sociedade (PPGELS) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Cultura, Sociedade e Linguagem (GPCSL).

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Publicado

2021-09-20

Edição

Seção

Dossiê 39: Literatura, feminismos e história: imbricações possíveis

Como Citar

Uma rabiscadora: Helena Lima Santos, cronista do Alto Sertão Baiano. (2021). Via Atlântica, 22(1), 101-130. https://doi.org/10.11606/va.i39.180933