A resistência no exílio: o Portugal Democrático na voz de seus colaboradores

Autores

  • Isabel Siqueira Travancas Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola de Comunicação

DOI:

https://doi.org/10.11606/va.v0i37.172715

Palavras-chave:

Imprensa, Resistência, Exílio, Portugal

Resumo

O jornal Portugal Democrático foi criado em São Paulo em 1956 por um grupo de exilados portugueses no Brasil com o objetivo de lutar contra a ditadura salazarista. O periódico circulou até 1975, um ano depois da Revolução dos Cravos por fim ao Estado Novo português. Busca-se apresentar a história do jornal, não apenas através de suas manchetes e artigos, mas também do discurso de seus produtores. O periódico reuniu em suas páginas intelectuais, políticos, artistas e advogados de diversas vertentes políticas como republicanos, socialistas e, principalmente, comunistas. Seus depoimentos redimensionam a história do jornal e o seu papel na luta além-mar contra o fascismo em Portugal.

 

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Biografia do Autor

  • Isabel Siqueira Travancas, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola de Comunicação

    Porfessora associada do Programa de Pós Graduação em Comunicação e Cultura da Escola de Comunicação da UFRJ. Jornalista, mestre em Antropologia Social pelo Museu Nacional-UFRJ e doutora em Literatura Comparada pela UERJ.

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Publicado

2020-12-21

Edição

Seção

Dossiê 37: Imprensa Brasileira e Portuguesa

Como Citar

TRAVANCAS, Isabel Siqueira. A resistência no exílio: o Portugal Democrático na voz de seus colaboradores. Via Atlântica, São Paulo, v. 21, n. 1, p. 278–312, 2020. DOI: 10.11606/va.v0i37.172715. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/172715.. Acesso em: 24 abr. 2024.