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Climatização em museus e a pandemia

Release de Margareth Artur para o Portal de Revistas da USP, São Paulo, Brasil

Parte do acervo exposto no Museu de Arte Contemporânea - MAC. Foto: Marcos 
Santos/USP Imagens. Reprodução
Parte do acervo exposto no Museu de Arte Contemporânea – MAC.
Foto: Marcos Santos/USP Imagens. Reprodução

Por enquanto, os cinemas estão abertos, os espetáculos de arte estão sendo apresentados e os restaurantes e bares liberados para comparecimento, de forma geral. Não se sabe se, a qualquer momento, tudo pode mudar devido às novas mutações do vírus da Covid. Nos espaços fechados em que as pessoas permanecem um tempo mais longo, como os museus, por exemplo, a preocupação é maior. O artigo da Revista CPC aborda a principal questão sobre o assunto: a climatização adequada para “interromper a propagação do vírus na circulação de ar, como: limpeza, filtragem, ventilação e desinfecção de equipamentos”.

O Grupo de Trabalho sobre Climatização de Museus da Rede USP de Profissionais de Museus e Acervos da Universidade de São Paulo, debruçou-se sobre meios de contornar a disseminação do vírus nos museus universitários, com a introdução de recursos como “limpeza, filtragem, ventilação e desinfecção de equipamentos”. O estudo tem como objetivo expor, ao leitor, orientações para se administrar táticas de condução do ar e a limpeza constante dos equipamentos de ar-condicionado, enfim, mostrar a importância do monitoramento ambiental para proporcionar condições saudáveis a quem visita museus na pandemia, sem esquecer da circulação interna de ar não só em museus, mas também em arquivos e bibliotecas.

Os autores do artigo esclarecem que a renovação de ar é fundamental em ambientes fechados e/ou climatizados. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa é uma medida preventiva de saúde pública que diminui a concentração de poluentes no interior de ambientes fechados e climatizados, técnica que restringe a propagação e concentração tanto de vírus como de fungos e dióxido de carbono. A recomendação da OMS e de outras associações estrangeiras “é elevar a taxa de renovação do ar externo diante do crescimento exponencial dos casos de infecção no Brasil e no mundo de coronavírus – Covid-19”.

O artigo discute também sobre a função da renovação pelo ar externo em relação aos espaços públicos como os museus, quando há a necessidade de “ligar-se o ventilador de ar externo ou abrir o registro de ar duas horas antes da abertura do Museu e desligar duas horas depois do fechamento”,de acordo com as orientações do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI. Chama-se a atenção o cuidado que se deve ter com o sistema de ventilação em lugares fechados, pois é preciso ajustar esse sistema à infraestrutura existente dos equipamentos de ar-condicionado e, de acordo com a OMS, elaborar “um diagnóstico do ambiente e das possibilidades do sistema de renovação pelo ar externo, antes de aumentar, sem critério, essa renovação”.

Um dos fatores de grande valor no combate aos vírus nos museus é a filtragem do ar, que diminui a circulação de causadores de infecções, na utilização de filtros específicos. Porém, quando se fala em patrimônios públicos, toda cautela é pouca, pois não se pode utilizar indiscriminadamente produtos químicos e métodos “de desinfecção que muitas vezes extrapolam o âmbito sanitário, colocando em risco a saúde e conservação do bem cultural”. A proposta crucial do artigo é “contribuir com conhecimento, aprimoramento e eficiência das atividades relativas à climatização em instituições museológicas durante a pandemia de Covid-19”, discutir e investigar alguns tópicos da climatização em museus, listando uma série de recomendações básicas relacionados ao assunto, baseadas em entidades nacionais e internacionais.

 Artigo

 MEIRA, S. M.; FEDELI, B.; VIEIRA, A. C. D.; LAVEZZO, A. A climatização de museus em tempos de COVID-19: recomendações. Revista CPC, São Paulo, v. 16, n. 32, p. 268-291, 2022. ISSN: 1980-4466. DOI:  https://doi.org/10.11606/issn.1980-4466.v16i32p268-291. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/cpc/article/view/172930. Acesso em: 19 jan. 2022.

Contatos

Silvia Miranda Meira -Livre-docente pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo e pesquisadora no Museu de Arte Contemporânea da USP. e-mail: silmeira@usp.br

Bruno Fedeli -Engenheiro mecânico e especialista em Climatização de Museus e Reservas Técnicas. e-mail: bruno.fedeli@clereserva.com

Ana Carolina Delgado Vieira – Especialista em Conservação de Materiais Arqueológicos pelo Instituto Superior de Conservación y Restauración Yachay Wasi, Peru e responsável pelo Laboratório de Conservação do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.  e-mail: ana.carolina.vieira

Ariane Lavezzo – Historiadora pela Universidade Federal de Ouro Preto, especialista em conservação e restauro pelo Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais da Escola de Belas Artes, Universidade Federal de Minas Gerais. Atua no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. E-mail: alavezzo@usp.br

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