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Pesquisa relata a importância da vacinação dos estudantes de medicina

Release de Margareth Artur para o Portal de Revistas da USP, São Paulo, Brasil

Muitos estudantes de medicina, hoje, estão em campo, ou seja, na prática diária do auxílio a professores e equipes de enfermagem com as pessoas contaminadas pela Covid 19. Estamos vivendo uma época de crise, sim. A área da saúde está na linha de frente nesse combate dramático e desafiador, sim. Porém, se os alunos estão em campo, é primordial que estejam vacinados. Sim, mas não é o que está acontecendo em várias cidades brasileiras. Desse modo, é importante a obtenção de dados sobre “o conhecimento dos acadêmicos de medicina sobre imunização profilática”, e efetuar-se a análise de como essa questão é vista pelas Instituições de Ensino Superior (IES), “que oferecem graduação em medicina, sobre vacinação dos acadêmicos”.

Os autores do artigo da Revista de Medicina explicam que as Instituições de Ensino Superior (IES), abrangendo as áreas de saúde, são responsáveis por cumprir o compromisso de promover projetos e conteúdos visando à imunização e contenção de infecções dos estudantes de medicina. De acordo com pesquisas, resultados favoráveis e benéficos são produtos da infraestrutura hospitalar, da redução de doenças infecciosas e da “vacinação profilática obrigatória”, sobretudo para “indivíduos que possuem contato habitual com ambientes hospitalares”. Segundo o artigo, a situação se agrava pelo fato de os hospitais e as faculdades não se preocuparem com a imunização dos alunos ao iniciarem seus estágios.

No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI) é o órgão responsável pelas vacinações e contenção de muitas endemias, mas hoje, com o movimento antivacina proliferando nas mídias, doenças como a febre amarela, a tuberculose e o sarampo não estão sendo controladas de forma mais abrangente e eficaz, não são levadas a sério e o descaso impera entre a população. “O objetivo deste estudo foi analisar a postura das IES sobre a vacinação dos acadêmicos de medicina”, segundo os autores, que ressaltam a importância da comprovação de vacinas, quais e quando são exigidas, propondo-se também a analisar o conhecimento dos acadêmicos sobre imunização profilática e saúde ocupacional. 

Estudantes de medicina, pelos estudos realizados, não estão habituados a aterem-se ao chamado “calendário vacinal”, mas é preciso lembrar também que muitos não querem tomar vacinas, o que resulta na “falta de imunização de doenças como a hepatite B e o tétano”. Chama-se a atenção para a falta de um empenho real de instituições da área médica para erradicar doenças que estão circulando há tempos no país. Faz-se urgente que os estudantes de medicina estejam, ao menos, livres das endemias, para poderem reagirem e protegerem-se melhor diante do inimigo gerador da atual pandemia. Porém, se, por um lado, os estudantes querem ser imunizados contra a Covid 19, por outro lado enfrentam negligências de instituições quanto a vaciná-los. O papel das instituições é exigir “o cartão vacinal”, principalmente para os estudantes de medicina, o que parece que não tem sido realizado da maneira prevista.

Hoje, nesse verdadeiro colapso mundial de saúde, muitos estudantes de medicina estão nos hospitais e enfermarias para compor um quadro de profissionais que lidam com a Covid 19, uma doença desconhecida e perigosa. O auxílio que os alunos prestam também se deve à relação desigual entre os médicos, estagiários e enfermeiros e a enorme quantidade da população que contraiu o vírus. Se esses profissionais não forem vacinados, serão potenciais disseminadores de doenças infectocontagiosas, mas não apenas da Covid 19. O incentivo das práticas de vacinação em massa pelos estados é uma estratégia fundamental na prevenção de doenças, essencialmente nessa situação caótica de saúde nunca vista no planeta.

Artigo

ALMEIDA, A. A.; NEVES, B. R.; PALHARES, F. R. D.; RAPOSO, F. B. C.; HANDERE, M. P.; FREITAS, Y. de O.; CUPERTINO, M. do C. Vacinação dos estudantes de medicina e o papel das instituições de ensino superior na prevenção primária. Revista de Medicina, São Paulo, v. 100, n. 2, p. 112-118, 2021. ISSN: 1679-9836. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v100i2p112-118. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/175140. Acesso em: 25 maio 2021.

Contatos

Angélica Aparecida Almeida– Escola de Medicina, Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga (FADIP), Ponte Nova, MG. angelicaalmeidavzp@hotmail.com

Bruna Ramos Neves– Escola de Medicina, Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga (FADIP), Ponte Nova, MG.brunaramosneves@hotmail.com

Felipe Ribeiro Dutra PalharesEscola de Medicina, Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga (FADIP), Ponte Nova, MG.felipe.palhares@hotmail.com

 Flavia Bruno Cursino Raposo -Escola de Medicina, Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga (FADIP), Ponte Nova, MG.flavinhabcr@gmail.com

 Matheus Pascoal Handere Escola de Medicina, Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga (FADIP), Ponte Nova, MG.  matheushandere01@gmail.com

 Yara de Oliveira FreitasEscola de Medicina, Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga (FADIP), Ponte Nova, MG.   yarafreitas@outlook.com

   Marli do Carmo Cupertino Escola de Medicina, Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga (FADIP), Ponte Nova, MG, e Departamento de Medicina e Enfermagem, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa MG. marli.cupertino@ufv.br

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