Prevalência e preditores de sintomatologia depressiva após o parto

Autores

  • Raquel Costa Maternidade Júlio Dinis
  • Alexandra Pacheco Maternidade Júlio Dinis
  • Bárbara Figueiredo Universidade do Minho e na Maternidade Júlio Dinis; Departamento de Psicologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-60832007000400001

Palavras-chave:

Gravidez, parto, depressão pós-parto

Resumo

CONTEXTO: A depressão pós-parto é uma patologia que ocorre nas primeiras semanas após o parto com conseqüências negativas não só para a mãe, como também para o bebê e para a família. OBJETIVO: Examinar a prevalência de depressão após o parto, bem como as circunstâncias suscetíveis de predizer a sintomatologia depressiva 1 semana e 3 meses após o parto. MÉTODOS: 197 grávidas preencheram o Questionário de Antecipação do Parto (QAP) (Costa et al., 2005a) no segundo trimestre de gestação. Na primeira semana após o parto, responderam ao Questionário de Experiência e Satisfação com o Parto (QESP) (Costa et al., 2005b) e à Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) (Augusto et al., 1996), esta última aplicada novamente no terceiro mês do puerpério. RESULTADOS: Uma percentagem significativa de mulheres encontra-se clinicamente deprimida (EPDS 13) na primeira semana e 3 meses após o parto (12,4% e 13,7%, respectivamente). Das que têm EPDS >; 13 na primeira semana, 25% estão ainda deprimidas 3 meses após o parto. Circunstâncias relativas à saúde física, à experiência emocional de parto e ao primeiro contato com o bebê predizem a sintomatologia depressiva na primeira semana do puerpério. A sintomatologia depressiva na primeira semana após o parto e a experiência emocional negativa de parto predizem a sintomatologia depressiva 3 meses após o parto. CONCLUSÕES: Constata-se a importância da experiência emocional de parto e do primeiro contato com o bebê, enfatizando a necessidade de atender às necessidades psicológicas da mulher.

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Publicado

2007-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Prevalência e preditores de sintomatologia depressiva após o parto . (2007). Archives of Clinical Psychiatry, 34(4), 157-165. https://doi.org/10.1590/S0101-60832007000400001