Trinta dias na casa de tiros: o estranho caso do Dr. Edmund Forster e Adolf Hitler
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-60832006000500009Palavras-chave:
Hitler, neurose de guerra, cegueira histérica, história da psiquiatria, literaturaResumo
Em 1918, em um hospital militar da reserva situado na pequena cidade pomerânia de Pasewalk, o neuropsiquiatra Prof. Edmund Forster tratou de um cabo austríaco chamado Adolf Hitler, que apresentava uma neurose de guerra (cegueira histérica), utilizando-se de técnicas terapêuticas sugestivas. Logo após a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha nazista, em 1933, o Prof. Forster reuniu-se com um grupo de escritores alemães exilados em Paris e secretamente passou a eles informações sobre o caso. O escritor Ernst Weiss, também médico, mais tarde utilizou tais informações para escrever seu romance A Testemunha Ocular, que, porém, só seria publicado em 1963. Em circunstâncias estranhas, o Prof. Forster cometeu suicídio após uma campanha difamatória sistemática articulada pelos nazistas em 1933. Weiss também cometeu suicídio em 1940, quando as tropas alemãs invadiram Paris. A Gestapo também assassinou diversas outras pessoas envolvidas no prontuário médico de Hitler.Downloads
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Publicado
2006-01-01
Edição
Seção
Psiquiatria, História e Arte
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Trinta dias na casa de tiros: o estranho caso do Dr. Edmund Forster e Adolf Hitler . (2006). Archives of Clinical Psychiatry, 33(5), 276-285. https://doi.org/10.1590/S0101-60832006000500009