Fobia específica: um estudo transversal com 103 pacientes tratados em ambulatório

Autores

  • Mauro Barbosa Terra Universidade Federal de São Paulo; Escola Paulista de Medicina
  • Joana Presser Garcez Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre; Centro de Estudos José de Barros Falcão
  • Betina Noll Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre; Centro de Estudos José de Barros Falcão

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-60832007000200002

Palavras-chave:

Fobia específica, ambulatório, subtipos, ansiedade, diagnóstico

Resumo

OBJETIVOS: Este estudo tem por objetivo investigar a presença de fobia específica (FE) entre pacientes atendidos em um ambulatório de psiquiatria. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal, no qual foi aplicado o SCID-I em 103 pacientes, para se examinar a ocorrência de fobia específica. Os dados foram analisados por meio de medidas descritivas e mediante os testes de independência baseados na estatística qui-quadrado de Pearson ou no teste exato de Fisher. RESULTADOS: Foi verificada FE em 26,2% dos pacientes. As mulheres tinham duas vezes maior chance de apresentar FE que os homens. Em 96,3% do total de fóbicos, a FE não havia sido identificada pelo psiquiatra com quem se consultavam, e esses pacientes não estavam recebendo tratamento para FE. Entre as comorbidades, o diagnóstico mais freqüente foi depressão, que apareceu em 15,6% da amostra. No total, identificamos 39 fobias, sendo 13 do tipo animal; 12 do tipo ambiente-natural; 3 do tipo sangue-injeção-ferimentos; e 11 do tipo situacional. CONCLUSÃO: A FE tem uma freqüência elevada entre pacientes ambulatoriais, sendo mais comum entre as mulheres. No entanto, na maioria das vezes, esse transtorno não é diagnosticado e assim não recebe tratamento adequado, já que o foco da atenção fica concentrado nas comorbidades.

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Publicado

2007-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Fobia específica: um estudo transversal com 103 pacientes tratados em ambulatório . (2007). Archives of Clinical Psychiatry, 34(2), 68-73. https://doi.org/10.1590/S0101-60832007000200002