Atitudes de profissionais de saúde mental em relação a indivíduos com esquizofrenia: uma comparação transcultural entre Suíça e Brasil

Autores

  • Michael Pascal Hengartner Psychiatric University Hospital Zurich; Department of General and Social Psychiatry
  • Alexandre Andrade Loch Universidade de São Paulo; Departamento e Instituto de Psiquiatria
  • Fabio Lorea Lawson Universidade de São Paulo; Departamento e Instituto de Psiquiatria
  • Francisco Bevilacqua Guarniero Universidade de São Paulo; Departamento e Instituto de Psiquiatria
  • Yuan-Pang Wang Universidade de São Paulo; Departamento e Instituto de Psiquiatria
  • Wulf Rössler Collegium Helveticum
  • Wagner Farid Gattaz Universidade de São Paulo; Departamento e Instituto de Psiquiatria

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-60832012000400001

Palavras-chave:

Estigmatização, distância social, estereótipos, esquizofrenia, epidemiologia, medicamentos, discriminação

Resumo

CONTEXTO: A estigmatização é uma questão importante no tratamento e no curso da esquizofrenia. A manutenção de atitudes estigmatizantes pode estar relacionada a fatores socioculturais. OBJETIVOS: Comparar atitudes estigmatizantes de profissionais de saúde mental em países culturalmente diversos: Brasil e Suíça. MÉTODOS: Foram analisados dados de duas grandes pesquisas sobre o estigma na Suíça e no Brasil, focando-se no desejo de distância social em relação a indivíduos com esquizofrenia e atitudes de profissionais de saúde mental em relação à aceitação de efeitos colaterais do tratamento psicofarmacológico. RESULTADOS: Profissionais de saúde mental suíços apresentaram níveis significativamente mais elevados de distância social do que suas contrapartes brasileiras. Houve também um efeito fraco de idade, bem como um efeito da interação entre a origem e a idade. Com relação à aceitação de efeitos colaterais, a influência da origem foi bastante fraca. Com exceção do risco de dependência dos psicotrópicos, a aceitação dos profissionais suíços a efeitos colaterais de longa duração foi significativamente maior do que a de seus colegas no Brasil. CONCLUSÕES: A forte associação entre origem e distância social pode estar relacionada à formação sociocultural dos profissionais de saúde mental; em comparação com a Suíça, o Brasil é muito heterogêneo em termos de estrutura étnica e socioeconômica. A aceitação de efeitos colaterais pode também estar relacionada com os medicamentos mais sofisticados (ou seja, drogas antipsicóticas de nova geração) comumente usados na Suíça.

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Publicado

2012-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Atitudes de profissionais de saúde mental em relação a indivíduos com esquizofrenia: uma comparação transcultural entre Suíça e Brasil. (2012). Archives of Clinical Psychiatry, 39(4), 115-121. https://doi.org/10.1590/S0101-60832012000400001