Certificação participativa e agroecologia: processos de organização e resistência camponesa na Mata Paraibana
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1808-1150.v0i16p35-62Palavras-chave:
Campesinato, Resistência, Desenvolvimento local, Agroecologia, Certificação participativaResumo
A temática deste artigo trata da resistência do campesinato paraibano à agricultura capitalista. Interpretamos uma organização camponesa cuja produção é de base agroecológica e a comercialização dos produtos realizada diretamente com o consumidor, como sendo uma forte estratégia de resistência que permite a (re) construção das bases da produção camponesa, e norteia o paradigma de desenvolvimento local capaz de gerar qualidade de vida e a preservação do meio ambiente. A experiência estudada é a Feira Agroecológica que acontece em João Pessoa - PB, no campus I da UFPB, e que comercializa produtos de 4 (quatro) assentamentos rurais localizados na Várzea do Rio Paraíba (nos municípios de Cruz do Espírito Santo, Sapé e Sobrado), e um assentamento rural localizado no Litoral Sul da Paraíba (município do Conde). Investigamos a hipótese do projeto ser fortalecido por uma certificação participativa da produção. O resultado da pesquisa comprova o fortalecimento do projeto da Feira através da certificação cuja metodologia foi construída num processo participativo de controle da produção que envolve produtores, consumidores, técnicos, poder público e sociedade civil.
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