O uso de equipamentos portáteis à sensação câmera do kitesurf

Autores

  • Karen Sales Bortolini Universidade Tuiuti do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-1507.v29i01p72-92

Palavras-chave:

subjetividade, portabilidade, tecnologia, kitesurf

Resumo

O uso de câmeras portáteis para capturas de imagens de esportes radicais possibilita gerar impressões subjetivas pela densidade das tomadas que promove. Atletas portam os pequenos dispositivos como extensões do corpo à construção de planos que representam movimentos de desempenho cada vez mais próximos de aspectos da ordem da realidade. Portanto, investigar sobre as relações do homem com os aparatos tecnológicos pode contribuir para a compreensão de como esses resultados são apresentados no cinema contemporâneo, mais especificamente no gênero documental. Para isso, este artigo relaciona o procedimento empírico ao aporte teórico da comunicação, da tecnologia e do cinema, norteado por autores como Marshall McLuhan, Marialva Barbosa, Álvaro Vieira Pinto e Arlindo Machado. Para esta pesquisa, foram captadas imagens, em julho de 2017, da modalidade kitesurf, com o uso de equipamentos portáteis, incluindo câmeras promotoras de imagens objetivas para captação de manobras e depoimentos e pequenas câmeras usadas para o registro de imagens subjetivas com impressão de movimento. Este esporte radical foi disseminado em diversos países e ganha adeptos no Brasil, desde sua chegada, em 2000, conquistando sua participação pela primeira vez nos Jogos Olímpicos em 2024, em Paris (FR). As imagens para sua análise foram geradas na vila de pescadores do Preá, município de Cruz, próximo ao destino turístico internacional Jericoacoara, no Ceará. A região é polo da prática por apresentar condições específicas para o desempenho, como a intensidade e direcionamento de vento necessários. 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Karen Sales Bortolini, Universidade Tuiuti do Paraná

    Doutora em Comunicação e Linguagens - Linha de Cinema e Audiovisual, na Universidade Tuiuti do Paraná(UTP). Mestre em Comunicação e Linguagens - Linha de Cinema e Audiovisual, pela UTP; pesquisadora do Grupo de Pesquisa Desdobramentos Simbólicos do Espaço Urbano em Narrativas Audiovisuais

Referências

ARHEIM, Rudolph. El Pensamiento Visual. Barcelona: Paidos Iberica, 1986.

BARBOSA, Marialva. Quem tem medo da pesquisa empírica? São Paulo: Intercom, 2011.

BORY, Marc. Vivir el Deporte Kitesurf. Paris: Fitway Publish, 2005.

HARAWAY, Danna. Manifesto Ciborgue: Ciência, Tecnologia e Feminismo-socialista no final do Século XX. Infodesign, 2009.

JENKINS, Henry. Cultura da Convergência. São Paulo. Aleph, 2012.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: 34, 1999.

MACHADO, Arlindo. O Olho, a Visão e A Imagem. Transcrição da palestra ministrada na aula inaugural da Pós-Graduação de Cinema da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, 2017.

McLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação como extensões do homem. São Paulo: Cultrix, 1964.

PINTO, Álvaro Vieira. O conceito de tecnologia Volume I. Rio de janeiro: Contraponto, 2005.

RAMOS, Fernão Pessoa. A imagem-câmera. Campinas: Papirus, 2012.

VERTOV, Dziga. Nascimento do Cine-olho. In: XAVIER, Ismail (Org). A experiência do Cinema. Rio de Janeiro: Graal, 2008.

Downloads

Publicado

2024-02-27

Como Citar

O uso de equipamentos portáteis à sensação câmera do kitesurf. (2024). Revista Alterjor, 29(01), 72-92. https://doi.org/10.11606/issn.2176-1507.v29i01p72-92