Iphan e Fundação Catarinense de Cultura: políticas para o patrimônio cultural do imigrante europeu em Santa Catarina na década de 1980
DOI:
https://doi.org/10.1590/1982-02672020v28d2e53Palavras-chave:
Política pública de preservação do patrimônio, Roteiros Nacionais de Imigração, Santa CatarinaResumo
O objetivo deste artigo é problematizar as políticas de preservação do patrimônio cultural do imigrante europeu em Santa Catarina durante a década de 1980. Para tanto, será analisada parte das ações empreendidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) que culminaram na formação dos Roteiros Nacionais
de Imigração. Esse projeto definiu, por meio de ações de salvaguarda do patrimônio cultural, qual era o lugar do patrimônio do imigrante e como se daria sua preservação no Brasil e em Santa Catarina. O artigo destaca ainda como o imigrante – e, consequentemente, seu patrimônio – adquiriu valor dentro da política de preservação estadual de forma a construir, para o estado catarinense, uma perspectiva de patrimônio cultural calcada essencialmente em questões étnicas.
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