USOS PÚBLICOS DA HISTÓRIA, PATRIMÔNIO E MEMÓRIA: CANTANDO HINOS, ENSINANDO A HEGEMONIA OU O BANDEIRANTE ‘NOSSO’ DE CADA DIA
Resumo
Esse artigo discute as comemorações das Datas Cívicas como parte do projeto de Nação construído desde o século XIX no Brasil e como elas estão presentes no território Nacional nas suas diferentes regiões. Para tanto, problematizamos os Hinos (o Nacional e os do estado de Goiás) como alimentadores da concepção de História que esse projeto abarca. A proposta é, portanto, investigar as letras dos Hinos e como elas vêm reforçando a ideia de História hegemônica que reedita que as Bandeiras Paulistas e os Bandeirantes são importantes personagens para o progresso do país. À contramão dessa ideia que prepondera, o presente artigo convida o leitor e a leitora a analisar as letras, muitas vezes sobrepostas pela emoção que se constituiu nos momentos de comemoração. Por fim, vê-se que esse modo de ver a História é apropriado hegemonicamente como Patrimônio e, com base nisso, vem se utilizando das comemorações cívicas e seus Hinos para a manutenção da lógica que exclui e não considera que a História se faz em processo, nas relações sociais, onde se produzem relações de poder. A história pública produzida nas comemorações cívicas e estimuladas pelos Hinos é uma discussão sobre “que Patrimônio temos e que usos estamos fazendo da história”.
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