EÇA DE QUEIRÓS POR ANTÓNIO JOSÉ SARAIVA: IDEIAS E IDEAIS
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v2i4p60-69Palavras-chave:
António José Saraiva, Eça de Queirós, Prosas bárbarasResumo
António José Saraiva (1917–1993) foi um profícuo intelectual português. Dentre suas produções estão as críticas literárias sobre as obras de diversos autores portugueses, entreeles, Eça de Queirós. Por muito tempo, o seu livro As ideias de Eça de Queiroz (1946) foi tidopelos estudiosos, críticos e leitores em geral da obra queirosiana como uma importante análise dos textos de Eça. Saraiva busca mostrar o quanto o autor de O Primo Basílio e Os Maias fora revolucionário em sua carreira de escritor. Neste trabalho procuraremos analisar as teses de Saraiva, contidas em As ideias... principalmente aquelas voltadas para a ficção inicial de Eça, os contos e crônicas escritos entre 1866 e 1867 e coligidos postumamente no volume Prosas bárbaras, publicado em 1903. Pretendemos demonstrar que, em sua análise, Saraiva atém-se mais àquelas obras de Eça nas quais as críticas ferinas à sociedade portuguesa são mais nítidas e avultantes, enquanto as que estão fora do escopo da crítica social são menos valorizadas. Ao nosso ver, essa opção de Saraiva ajudou a criar a ideia, manifestada em outras diversas leituras críticas tradicionalmente aceitas sobre a obra de Eça de Queirós, de que o escritor teria de um lado obras nas quais foi um crítico atroz e “revolucionário” e em outras de que teria sido um condescendente, apaziguado com o próprio país.Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2010 Antonio Augusto Nery
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O(s) autor(es) declara(m) automaticamente ao enviar um texto para publicação na revista Desassossego que o trabalho é de sua(s) autoria(s), assumindo total responsabilidade perante a lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, no caso de plágio ou difamação, obrigando-se a responder pela originalidade do trabalho, inclusive por citações, transcrições, uso de nomes de pessoas e lugares, referências histórias e bibliográficas e tudo o mais que tiver sido incorporado ao seu texto, eximindo, desde já a equipe da Revista, bem como os organismos editoriais a ela vinculados de quaisquer prejuízos ou danos.
O(s) autor(s) permanece(m) sendo o(s) detentor(es) dos direitos autorais de seu(s) texto(s), mas autoriza(m) a equipe da Revista Desassossego a revisar, editar e publicar o texto, podendo esta sugerir alterações sempre que necessário.
O autor(s) declara(m) que sobre o seu texto não recai ônus de qualquer espécie, assim como a inexistência de contratos editoriais vigentes que impeçam sua publicação na Revista Desassossego, responsabilizando-se por reivindicações futuras e eventuais perdas e danos. Os originais enviados devem ser inéditos e não devem ser submetidos à outra(s) revista(s) durante o processo de avaliação.
Em casos de coautoria com respectivos orientadores e outros, faz-se necessária uma declaração do coautor autorizando a publicação do texto.
Entende-se, portanto, com o ato de submissão de qualquer material à Revista Desassossego, a plena concordância com estes termos e com as Normas para elaboração e submissão de trabalhos. O não cumprimento desses itens ou o não enquadramento às normas editoriais resultará na recusa do material.