O gênero epistolar: diálogo per absentiam

Autores

  • Adma Fadul Muhana Departamento de Teoria Literária do Instituto de Estudos da Linguagem Universidade Estadual de Campinas - IEL-Unicamp.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2000.38043

Palavras-chave:

epislolografia, preceptivas e gêneros retóricos, séculos XVI c XVII.

Resumo

Definida desde Cícero como “diálogo entre ausentes” a epístola tem um lugar destacado entre os gêneros em prosa da Antiguidade,  justificado na preceptiva humanista não só quanto ao seu estilo, disposição e tópicas, como principalmente quanto ao modo de imitação. Concebida como “a metade de um diálogo'` (Poliziano, Tasso), a partir de Erasmo e de Vives a epístola é tida como uma produção letrada, pública, apta a ser colecionada em epistolários. É neste sentido que se torna um dos gêneros diferenciadores do Renascimento e reconhecido como aquele que com mais perfeição e viveza imita a conversação entre amigos ausentes (sermu amicorulm absentium). O modo de escritura em primeira pessoa aparece então como partícipe daquele diálogo, da confissão e da lírica, como o mais adequado para a exposição ético-patética de matérias “graves” entre iguais.  O estudo, a análise e a interpretação de epístolas e cartas do século XVII, assim,  não prescindem das considerações de gênero que a informam e pelas quais se constituem como tal.

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Biografia do Autor

  • Adma Fadul Muhana, Departamento de Teoria Literária do Instituto de Estudos da Linguagem Universidade Estadual de Campinas - IEL-Unicamp.
    Professora  do Departamento de Teoria Literária do Instituto de Estudos da Linguagem Universidade Estadual de Campinas - IEL-Unicamp.

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Publicado

2000-12-09

Edição

Seção

Nao definda

Como Citar

Muhana, A. F. (2000). O gênero epistolar: diálogo per absentiam. Discurso, 31, 329-346. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2000.38043