A madeira combustível na Bahia colonial: consequências sociais e econômicas da escassez de combustível, 1549-1820

Autores

  • Shawn W. Miller

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-53572515swm

Palavras-chave:

economia açucareira, madeira combustível, Bahia colonial

Resumo

Dentre as várias tarefas que compunham a rotina diária da economia açucareira no Brasil, a de trazer madeira das abundantes florestas da colônia, a fonte de energia crucial que foi seu combustível durante séculos era possivelmente a mais trabalhosa. A crescente escassez de combustível exacerbou o conflito social da elite, elevou os custos de mão-de-obra e capital ligados ao seu fornecimento, multiplicou petições a Coroa e acabou por impor a adoção de uma tecnologia mais eficiente para a alimentação das fornalhas. Serão descritas, neste estudo, algumas das numerosas atividades que
competiam pelo combustível com as fornalhas dos engenhos, pois elas fizeram parte da disputa, da qual participaram todos os colonos, por um recurso único amplamente utilizado. 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil, por suas drogas e minas ... São Paulo: Melhoramentos, 1976.

BRAUDEL, Fernand. The mediterranean and the mediterranean world in the age of Philip II. Tradução para o inglês de S. Reynolds. New York: Harper & Row, v. 1, 1966.

BAHIA. Cartas do Senado: Documentos históricos do Arquivo Municipal de Salvador Bahia. Salvador: Prefeitura do Município, 1951-62, v.2. Atas da Cãmara: Documentos históricos, 1625-1700. Salvador: Prefeitura do Município, 1944, v. 3 e 5. BIBLIOTECA NACIONAL. (Rio de Janeiro). Documentos históricos. Rio de Janeiro, 1928, v. 27.

BAHIA. BalanÇa Geral do ComÉrcio de Portugal Rio de Janeiro, 1796.

BRITO, JoÃo Rodrigues de. Cartas econômico-polítiicas sobre a agricultura e comércio da Bahia. Bahia: Imprensa Official do Estado, 1924.

CALDAS, José Antônio. Notícia geral de toda esta capitania da Bahia, desde o seu descobrimento ate o presente ano de 1759. Edição fac-similar. Salvador, 1951.

CAMINHA FILHO, Adriao. A cana de açúcar na Bahia. Bahia: Tipografia Naval, 1944.

CARDIM, Fernao. Tratados da terra e gente do Brasil. Rio de Janeiro: J. Leite e Cia., 1925.

CARNEIRO, Edson. Addade do Salvador. Rio de Janeiro: Organização Simoes, 1954.

CURTIN, Philip. The Atlantic slave trade: a census. Madison: University ofWisconsin Press, 1969.

DEAN, Warren. With broadax and firebrand: the destruction of the Brazilian Atlantic coastal forest Berkeley: University of California Press, 1995.

ELLIS, Myriam. Aspectos da pesca da baleia no Brasil colonial. São Paulo, 1958.

FREYRE, Gilberto. Nordeste: aspectos da influência da cana sobre a vida e paisagem do nordeste do Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: Jose Olympio, 1961.

KOSTER, Henry. Travels in Brazil (1816). In: GARDINER, C. H. (ed.)

Carbondale: Southern Illinois University Press, 1966.

LIGON, Richard. A true and exact history of the Island of Barbados. London: Humphrey Moseley, 1657. In: Rare Books and Manuscripts. New York: Butler Library/Columbia University, 1657.

LISBOA, José da Silva. Carta muito interessante para o Dr. Domingos Vandelli (1781). Annnes da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, v. 32, 1910.

MAURO, Frederic. Contabilidade teorica e contabilidade prática na América

Portuguesa no século XVII. Nova História e Novo Mundo. São Paulo: Perspectiva, 1969.

OGILBY, John, America, being the latest and most accurate description of the New World. (1671). In: RUSSELL-WOOD, A, J. R. Fidalgos and philanthropists: the Santa Casa de Misericordia of Bahia, 1550-1755. Edinburgh: University of California Press, 1968.

PEREIRA DA COSTA, F. A. Anais pemambucanos. 2. ed. Recife: Governo de Pernambuco, 1983-87.

PINHO, Wanderley [Araujo], História de um engenho do Recõncavo, 1522-1944. São Paulo: Nacional, 1946.

RIO DE JANEIRO. Arquivo Nacional. Código 68, v. 16, f. 280, p. 307-8.

SAMPAIO E MELO, Manuel Jacinto de. Idade de ouro do Brasil, n. 76 (1812) In: PINHO, W. História de um engenho do Recõncavo, 1522-1944. São Paulo: Nacional, 1946.

SCHWARTZ, Stuart B. Colonial Brazil, c. 1580'C.1750: plantations and peripheries. In: BETHEL, Leslie, (ed.) T/re Cambridge History of Latin America. Cambridge: Cambridge University Press, v. 2, 1987

SCHWARTZ, STUART B. Free labor in slave economy: the lavradores de cana of colonial Bahia. In: ALDEN, Dauril (ed), Colonialroots ofmodem Brazil. Berkeley, 1973, p. 147-97 (ed.) A governor and his image in Baroque Brazil: the funeral eulogy of Afonso Furtado de Castro do Rio de Mendonga by Juan Lopes Sierra) (1671). Traduzido para o inglês por Ruth Jones. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1979. Sugar plantations in the formation ofBrazilian society; Bahia, 1550-1835. New York: Cambridge University Press, 1985.

SILVA LISBOA. Carta muito interessante para o Dr. Domingos Vandelli. ABNR, v. 32, p. 494-507, 1910.

SCARES DE SOUZA, Gabriel. Tratado descriptive do Brasil. Rio de Janeiro: Typographia Universal de Laemmert(1851), Revista do Instituto Historico e Geográfico do Brasil, v. 14.

SPIX, J. B. & VON MARTIUS, C. F. P. Viagem pelo Brasil Rio de Janeiro, 1938.

THIRGOOD, J. V. Man and the mediterranean forest: a history of resource depletion. New York: Academic Press, 1981.

VILHENA, Luiz dos Santos. Recopilação de notícias soteropolitanas e brasílicas contidas em XX cartas. v. 1 (1802). Bahia: Imprensa Official do Estado, 1921.

Downloads

Publicado

01-03-1995

Edição

Seção

Não definida

Como Citar

Miller, S. W. (1995). A madeira combustível na Bahia colonial: consequências sociais e econômicas da escassez de combustível, 1549-1820. Estudos Econômicos (São Paulo), 25(1), 115-145. https://doi.org/10.1590/1980-53572515swm