Custo de ciclo econômico no Brasil em um modelo com restrição a crédito
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-41612004000200001Palavras-chave:
ciclos econômicos, custo de bem-estar, restrição a créditoResumo
O estudo do impacto de ciclo econômico no bem-estar dos indivíduos de uma economia é um assunto de grande importância teórica. Ao considerarmos a economia brasileira, em que grande maioria dos indivíduos não dispõe de mecanismos de crédito, ele torna-se ainda mais relevante. Se os agentes não são capazes de suavizar consumo segundo a hipótese da renda permanente de Friedman, é de se esperar que estes sofram impactos ainda maiores diante de flutuações na renda. Utilizamos o modelo proposto por Imrohoroglu (1989) para os dados da economia brasileira a fim de mensurar a perda de bem-estar causada por um ciclo econômico. A partir de resultados que mostram o significativo custo dos ciclos econômicos, propomos a introdução do governo no modelo. Agindo no sentido de completar mercados, o governo se mostrou eficiente. Apesar de simples, nosso experimento mostrou a importância de investigarmos a ação governamental como opção para a elevação do bem-estar em economias restritas ao crédito ao longo de flutuações econômicas.Downloads
Referências
BARRETO, F.; OLIVEIRA, L. G. Aplicação de um modelo de gerações superpostas para a reforma da previdência no Brasil: uma análise de sensibilidade no estado estacionário. Anais do XVII Encontro Brasileiro de Econometria, 1995.
BURNS, A.; MITCHELL, W. Measuring business cycles. New York: National Bureau of Economic Research, 1946.
CAMPBELL, J.; MANKIW, N. Consumption, income and interest rates: reinterpreting the times series evidence. NBER Macroeconomics Annual, p. 185-216, 1989.
CAVALCANTI, C., Intertemporal substitution in consumption: an empirical investigation for Brazil. Revista de Econometria, p. 203-229, 1993.
ELLERY, R. Restrição ao crédito, choques idiossincráticos e volatilidade do consumo no Brasil. Anais do XXVIII Encontro Nacional de Economia, ANPEC, 2000.
GLEIZER, D. Saving and real interest rate in Brazil. Revista de Econometria, v. 11, p. 63-92, 1991.
GREEN, E. Lending and the smoothing of uninsurable income. In: PRESCOTT, Edward; WALLACE, Neil (eds.), Contractual arrangements for intertemporal trade. Minnesota Studies in Macroeconomics, vol 1, 1987.
IMROHORUGLU, A. Cost of business cycles with indivisibilities and liquidity constraint. Journal of Political Economy 97, p. 1364-1383, 1989.
ISSLER, J.; ROCHA, F. Consumo, restrição a liquidez e bem-estar no Brasil. Economia Aplicada, v. 4, n. 4, p. 637-665, out./dez. 2000.
KYDLAND, F.; PRESCOTT, E. Time to build and aggregate flutuations. Econometrica, v. 50, p. 1345-1370, 1982.
LUCAS, Robert E. Models of business cycle. New York: Blackwell, 1987.
MEHRA, R.; PRESCOTT, E. The equity premium: a puzzle. Journal of Monetary Economics, 15, p. 145-161, 1985.
NERI, M.; THOMAS, M. Household responses to labor-market shocks in Brazil, 1982-99. Anais do XXVIII Encontro Nacional de Economia, São Paulo: ANPEC, 2000.
NERI, M.; COELHO, D.; ANCORA, M.; PINTO, A. Aspectos dinâmicos do desemprego e da posição na ocupação. Boletim Conjuntural n. 38, IPEA, 1997.
REIS, E.; ISSLER, J. V.; BLANCO, F.; CARVALHO, L. Renda permanente e poupança precaucional: evidências empíricas para o Brasil no passado recente. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 28, p. 233-272, 1998.
SCHEINKMAN, J.; WEISS, L. Borrowing constraints and aggregate economic activity. Econometrica 54, p. 23-45, 1986.
STOCK, J.; WATSON, M. Business cycle flutuations in U.S. macroeconomics time series. In: TAYLOR, J. B.; WOODFORD, M. (eds.),
Handbook of macroeconomics. North-Holland, 1999.
TOWNSEND, R. Information constrained insurance: the revelation principle extended. Journal of Monetary Economics, v. 21, p. 411-450, 1988.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2004 Bárbara Vasconcelos Boa Vista da Cunha, Pedro Cavalcanti Ferreira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A submissão de artigo autoriza sua publicação e implica o compromisso de que o mesmo material não esteja sendo submetido a outro periódico.
A revista não paga direitos autorais aos autores dos artigos publicados.
O detentor dos direitos autorais da revista é o Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo.