Financing pioneering railways in São Paulo: the idiossyncratic case of the estrada de Ferro Sorocabana (1872- 1919)
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-41612005000100005Palavras-chave:
ferrovias, estrutura de financiamento, investimento estrangeiroResumo
A história da Estrada de Ferro Sorocabana é peculiar pelo fato de que empresários privados brasileiros, o governo federal e o governo do Estado de São Paulo foram sucessivamente seus proprietários e controladores, sendo arrendada entre 1907 e 1919 a um grupo estrangeiro. O transporte de café não representou, no início, uma parcela expressiva de suas receitas de frete, e mesmo depois não atingiria a importância que teve na Mogiana e Paulista, conside-radas as típicas "ferrovias de café." Diferentemente dessas empresas, que eram lucrativas, a Sorocabana manteve-se em situação financeira bastante difícil ao longo de quase todo o período entre 1872 e 1919. Este artigo explora as razões desta permanente precariedade financeira. A literatura sobre as ferrovias pioneiras no Brasil enfatiza que a lucratividade dependia crucialmente do tipo de proprietário e também se o café era a principal fonte de receita de frete. Essa e as seguintes hipóteses são avaliadas: expectativas exagera-damente otimistas sobre os fluxos futuros de caixa; má gestão; falta de governança engendrada pela estrutura de financiamento; má sorte; ou políticas governamentais equivocadas.Downloads
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