Dinâmica industrial e cumulatividade tecnológica: uma abordagem evolucionária
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-41612005000400001Palavras-chave:
modelo evolucionário de dinâmica industrial, cumulatividade tecnológica, simulação da dinâmica industrialResumo
O objetivo deste artigo é aperfeiçoar o modelo evolucionário de dinâmica industrial proposto por Nelson e Winter (1982b), introduzindo algumas modificações analíticas no processo que define o resultado da busca tecnológica da firma. A modificação proposta visa introduzir um mecanismo que realimente positivamente (a partir do próprio histórico tecnológico da firma) o processo estocástico que define o resultado das tentativas das firmas de obterem inovações/imitações via gasto em P&D. Com isso, pretende-se superar uma limitação que persiste mesmo nos modelos que trataram de superar outras simplificações do modelo e que ainda seguem muito de perto a formalização do processo de busca tecnológica do modelo Nelson-Winter. Por fim, tratar-se-á de apresentar algumas simulações preliminares que buscam avaliar as implicações dessa mudança no desempenho da indústria em geral e, em particular, para a estabilidade do desempenho competitivo das firmas em termos de market share.Downloads
Referências
Alchian, A. A. Uncertainty, evolution and economic theory. Journal of Political Economy, LVIII, p. 211-221, June 1950.
Almeida, S. Dinâmica industrial e cumulatividade tecnológica. 26º Prêmio BNDES de Economia. Rio de Janeiro: Departamento de Comunicação e Cultura do BNDES, 2004.
Andersen, E. S. Evolutionary economics: post-Schumpeterian contributions to evolutionary
economics. London: Pinter, 1996.
Arthur, B. Self-reinforcing mechanisms in economics. In: Anderson, P. W., Arrow, K. (eds.), The economy as an evolving complex system. 1987. Mimeografado.
Breschi, S.; Malerba, F.; Orsenigo, L. Technological regimes and Schumpeterian patterns of innovation. Economic Journal, v. 110, n. 463, pages 388-410, 2000.
Caccomo, J. Technological evolution and economic instability: theoretical simulations.
Journal of Evolutionary Economics, v. 6, n. 2, p.141-155, 1996.
Chiaromonte, F.; Dosi, G. The microfoundations of competitiveness and their macroeconomic implications. In: The models revolution, 1991, p. 107-134.
Coombs, R. Technological opportunities and industrial organization. In: Dosi, G.; Silverberg, G. et al., Technical change and economic theory. London: Pinter Publishers, 1988.
Dosi, G.; Marsili, O.; Orsenigo, L.; Salvatore, R. Learning, market selection and the evolution of industrial structures. Small Business Economics, v. 7, n. 6, p. 411-436, 1995.
Dosi, G. The Research on innovation diffusion: an assessment. In: Dosi, G. Innovation,
organization and economic dynamics. London: Edward Elgar, 1991, p.115-143.
Dosi, G. Opportunities, incentives and collective patterns of technological change.
The Economic Journal, 107, p.1530-1547, Sept. 1997.
Dosi, G.; Marengo, L.; Fagiolo, G. Learning in evolutionary environments. Technical Report 5, CEEL (Computable and Experimental Economics Laboratory), 1996.
Gort, M.; Wall, R. A. The evolution of technologies and investment innovation. The Economic Journal, p. 741-757, 1996.
Kay, N. The R&D function: corporate strategy and structure. In: Dosi, G.; Freeman, C. et al. (org.), Technical change and economic theory. London: Pinter Publishers, 1988.
Kwasnicki, W. Innovation regimes, entry and market structure. Journal of Evolutionary
Economics, v. 6, n. 4, pages 375-409, 1996.
Malerba, F.; Orsenigo, L. Knowledge, innovative activities and industrial evolution. Industrial and Corporate Change, v. 9, n. 2, p. 289-314, 2000.
Nelson, R.; Winter, S. G. An evolutionary theory of economic change. Cambridge: Belknap Press, 1982a.
Nelson, R.; Winter, S. G. The Schumpeterian tradeoff revisited. American Economic Review, v. 72, n. 1, pages 114-12, 1982b.
Nelson, R.; Winter, S. G. Firm and industry response to changed market conditions: an evolutionary approach. Economic Inquiry, v. 18, n. 2, pages 179-202, 1980.
Nelson, R.; Winter, S. G. Forces generating and limiting concentration under Schumpeterian competition. Bell Journal of Economics, RAND, v. 9, n. 2, pages 524-548, 1978.
Nelson, R.; Winter, S. G. Toward an evolutionary theory of economic capabilities. American Economic Review, v. 63, n. 2, pages 440-49, 1973.
Nelson, R.; Winter, S.; Schuette, H. Technical change in an evolutionary model. Quarterly Journal of Economics, v. 90, n. 1, pages 90-118, 1976.
Oltra, V.; Yildizoglu, M. Learning and expectations in R&D decisions. Working Papers
Beta-theme (UMR n. 7522 – CNRS), PEGE, Strasbourg: Université Louis Pasteur, 1998.
Pondé, J. L. de Souza. Processos de seleção, custos de transação e a evolução das instituições
empresariais. 2000. Tese (Doutorado), Campinas (SP).
Possas, M. L. Para uma releitura teórica da teoria geral. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 16, n. 2, p. 295-307, 1986.
Possas, M. L. Em direção a um paradigma microdinâmico: a abordagem neo-schumpeteriana.
In: Amadeo, E. (org.), Ensaios sobre economia política moderna: teoria e história do pensamento econômico. São Paulo: Ed. Marco Zero, 1988.
Possas, M. L.; Koblitz, A. et alii. Um modelo evolucionário setorial. Revista Brasileira de Economia, v. 55, n. 3, p. 333-377, jul./set. 2001.
Redding, S. Path dependence, endogenous innovation, and growth. International Economic Review, v. 43, n. 4, pages 1215-1248, 2002.
Simon, H. A. From substantive to procedural rationality. In: Hahn, F.; Hollis, M.
(eds.), Philosophy and economic theory. Oxford University Press, 1978.
Simon, H. A. Bounded rationality. London: MIT Press, 1987.
Winter, S. G. Schumpeterian competition in alternative technological regimes. Journal
of Economic Behavior and Organization, v. 5, p. 287-320, 1984.
Winter, S. G.; Kaniovski, Y. M.; Dosi, G. Modeling industrial dynamics with innovative
entrants. Structural Change and Economic Dynamics, v. 11, n. 3, pages 255-293, 2000.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2005 Sérgio Almeida de Sousa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A submissão de artigo autoriza sua publicação e implica o compromisso de que o mesmo material não esteja sendo submetido a outro periódico.
A revista não paga direitos autorais aos autores dos artigos publicados.
O detentor dos direitos autorais da revista é o Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo.