Risco de crédito e alocação ótima para uma carteira de debêntures

Autores

  • André Cadime de Godói Santander Asset Management Autor
  • Joe Akira Yoshino Universidade de São Paulo. Departamento de Economia Autor
  • Rogério de Deus Oliveira Barclays Capital Autor

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-41612008000200006

Palavras-chave:

risco de crédito, títulos corporativos, perda máxima, Modelo de Merton

Resumo

A debênture vem se tornando um instrumento de captação cada vez mais importante para empresas não financeiras no mercado brasileiro e uma alternativa às elevadas taxas de juros cobradas pelos bancos comerciais em uma operação de financiamento. Um aspecto-chave para o desenvolvimento do mercado secundário deste instrumento é o correto tratamento do risco de crédito, que ocorre quando o emissor não cumpre suas obrigações contratuais. Este trabalho propõe e testa uma metodologia que determina a magnitude deste risco para uma carteira de debêntures de empresas emissoras brasileiras. A abordagem utilizada baseia-se no Modelo de Merton (1974) para bônus corporativos, que utiliza as fórmulas de Black-Scholes para o cálculo do preço de opções. Também são utilizadas técnicas de otimização para a determinação do risco da carteira. Adotando um modelo simples e de baixo custo computacional, chegamos a uma medida de risco mais conservadora do que a obtida com o tradicional modelo VaR (value at risk). Além disso, apresentamos uma metodologia para a obtenção da composição ótima da carteira de debêntures.

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Publicado

01-06-2008

Edição

Seção

Não definida

Como Citar

Godói, A. C. de, Yoshino, J. A., & Oliveira, R. de D. (2008). Risco de crédito e alocação ótima para uma carteira de debêntures . Estudos Econômicos (São Paulo), 38(2), 349-372. https://doi.org/10.1590/S0101-41612008000200006