A informalidade e as flutuações na atividade econômica

Autores

  • Gisele Ferreira Tiryaki Universidade Salvador Autor

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-41612008000100005

Palavras-chave:

ciclos econômicos, economia informal, instituições legais

Resumo

Vários trabalhos empíricos e teóricos apontam para o impacto negativo de um setor informal em expansão sobre o crescimento econômico. Este artigo mostra que a dimensão da economia informal afeta também a volatilidade dos ciclos econômicos. Geralmente, empreendimentos informais não se beneficiam de economias de escala; operam com uma combinação ineficiente de capital e trabalho e têm acesso restrito ao mercado financeiro. Os obstáculos encontrados para alavancagem financeira, por sua vez, dificultam a neutralização nas reduções de fluxo de caixa que ocorrem durante períodos de recessão econômica e fazem com que empreendimentos no setor informal sejam mais propensos ao insucesso. Utilizando a metodologia Generalized Method of Moments, o presente trabalho mostra que países com setores informais mais representativos enfrentam maior volatilidade na produção, investimento e consumo durante os ciclos econômicos.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Acemoglu, D.; Johnson, S.; Robinson, J.; Thaicharoen, Y. Institutional causes,

macroeconomic symptoms: volatility, crises and growth. Journal of Monetary

Economics, v. 50, p. 49-123, 2003.

Aisenman, J. Capital markets integration, volatility and persistence. Journal of Macroeconomics, v. 19, p. 217-236, 1997.

Aisenman, J. Volatility, employment and the patterns of FDI in emerging markets. Journal of Development Economics, v. 72, p. 585-601, 2003.

Backus, D.K.; Kehoe, P.J.; Kydland, F.E. International real business cycles. Journal of Political Economy, v. 100, p. 745-775, 1992.

Bajada, C. Business cycle properties of the legitimate and underground economy in

Australia. The Economic Record, v. 79, p. 397-411, 2003.

Banco Mundial. Governance indicators database. Washington, DC: The World Bank,

Banco Mundial. Doing Business Database. Washington, DC: The World Bank, 2003.

Barro, R. Economic growth in a cross section of countries. Quarterly Journal of Economics,

v. 106, p. 407-444, 1991.

Basu, S.; Taylor, A. Business cycles in international historical perspective. NBER Working Paper, n. 7090, 1999.

Baxter, M.; King, R. Measuring business cycles: approximate band-pass filters for economic

time series. Review of Economic and Statistics, v. 81, p. 575- 593, 1999.

Bernanke, B.; Gertler, M.; Gilchrist, S. The financial accelerator in a quantitative

business cycle framework. NBER Working Paper, n. 6455, 1998.

Botero, J.; Djankov, S.; La Porta, R.; Lopez- De Silanez, F.; Shleifer, A. The regulation

of labor. Quarterly Journal of Economics, v. 119, p. 1339-1382, 2004.

Dabla-Norris, E.; Feltstein, A. An analysis of the underground economy and its

economic consequences. International Monetary Fund Working Paper, n. 23/03, 2003.

Denizer, C.; Iyigun, M.; Owen, A. Finance and macroeconomic volatility. Contributions

to Macroeconomics, v. 2, n. 1, p. 1-30, 2002.

Farrell, D. The hidden dangers of the informal economy. The McKinsey Quarterly, n. 3, 2004.

Ferreira da Silva, G. The impact of financial system development on business cycles

volatility: cross-country evidence. Journal of Macroeconomics, v. 24, p. 233-253, 2002.

Fraser Institute. Economic Freedom of the World. Washington, DC: Fraser Institute, 1999.

Friedman, E.; Johnson, S.; Kaufmann, D.; Zoido-Lobaton, P. Dodging the grabbing

hand: the determinants of unofficial activity in 69 countries. Journal of Public Economics, v. 76, p. 459-493, 2000.

Fundo Monetário Internacional. International financial statistics yearbook. Washington,

DC: International Monetary Fund, várias edições.

Gertler, M.; Gilchrist, S. Monetary policy, business cycles, and the behavior of small

manufacturing firms. Quarterly Journal of Economics, v. 59, p. 309-340, 1994.

Gërxhani, K. The informal sector in developed and less developed countries. Public

Choice, v. 120, p. 267-300, 2004.

Giles, D.E.A. Measuring the hidden economy: implications for econometric modelling.

The Economics Journal, v. 109, no. 456, p. 370-380, 1999.

Hall, R. Invariance properties of Solow’s productivity residual. NBER Working Paper,

n. 3034, 1989.

Hall, R.; Jones, C. Why do some countries produce so much more output per

worker than others?. NBER Working Paper, n. 6564, 1998.

Heritage Foudation. Index of economic freedom. Washington, DC: Heritage Foundation,

Hubbard, R.G. Capital-market imperfections and investment. NBER Working Paper,

n. 5966, 1997.

Johnson, S.; Kaufmann, D.; Zoido-Lobaton, P. Regulatory discretion and the unofficial

economy. American Economic Review, v. 88, n. 2, p. 387-392, 1998.

Johnson, S.; Kaufmann, D.; Zoido-Lobaton, P. Corruption, public finances and the unofficial economy. World Bank Working Paper, n. 2169, 1999.

King, R.; Levine, R. Finance and growth: Schumpeter might be right. Quarterly Journal of Economics, v. 108, p. 717-737, 1993.

La Porta, R.; Lopez-De-Silanez, F.; Shleifer, A.; Vishny, R. Law and finance. Journal

of Political Economy, v. 108, p. 1113-1155, 1998.

Lippert, O.; Walker, M. The underground economy: global evidence of size and impact.

Vancouver: The Fraser Institute, 1997.

Loayza, N. The economics of the informal sector: a simple model and some empirical

evidence from Latin America. World Bank Policy Research Working Paper, n.1727, 1997.

Maloney, W.F. Labor market structure in developing countries: time series evidence

on competing views. The World Bank Working Paper, n. 1940, 1998.

Maloney, W.F. Informality revisited. The World Bank Working Paper, n. 2965, 2003.

Mckinsey & Company. Eliminando as barreiras ao crescimento econômico e à economia

formal no Brasil. São Paulo: McKinsey & Company Inc., 2004.

Minsky, H. Stabilizing an unstable economy. New Haven: Yale University Press, 1986.

Ramey, G.; Ramey, V. Cross-country evidence on the link between volatility and

growth. NBER Working Paper, n. 4959, 1994.

Ribeiro, R.N.; Bugarin, M.N.S. Fatores determinantes e evolução da economia submersa

no Brasil. Estudos Econômicos, v. 33, n. 3, p. 435-466, 2003.

Schneider, F. The size of the shadow economies of 145 countries all over the world:

first results over the period 1999 to 2003. IZA DP Discussion Paper, n. 1431, 2004.

Schneider, F.; Enste, D.K. Shadow economies: size, causes and consequences. Journal of Economic Literature, v. 38, p. 77-114, 2000.

Schneider, F.; Klingmair, R. Shadow economies around the world: what do we know?

CREMA Working Paper, n. 2004 – 03, 2004.

Stock, J.H.; Watson, M.W. Business cycle fluctuations in U.S. macroeconomic time

series. NBER Working Paper, n. 6528, 1998.

Thomas, J. Quantifying the black economy: ‘measurement without theory’ yet again?

The Economics Journal, v. 109, n. 456, p. 381-389, 1999.

Downloads

Publicado

01-03-2008

Edição

Seção

Não definida

Como Citar

Tiryaki, G. F. (2008). A informalidade e as flutuações na atividade econômica . Estudos Econômicos (São Paulo), 38(1), 97-125. https://doi.org/10.1590/S0101-41612008000100005