Microfundamentos da Macroeconomia: notas críticas

Autores

  • Eduardo Ferreira Jardim Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade Autor
  • Guilherme Lichand Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Autor
  • Paulo Gala Fundação Getúlio Vargas. Escola de Economia de São Paulo Autor

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-41612009000400006

Palavras-chave:

Microfundamentos, Macroeconomia, Pragmatismo, critérios de seleção, Metodologia

Resumo

A partir da década de 70 presencia-se o reaparecimento da microfundamentação na Economia, acompanhada de uma mudança de atitude do mainstream que passa a encarar a formalização e a microfundamentação como critérios de seleção entre conhecimento científico e não científico na Macroeconomia. Tal mudança tem levado a um gradual distanciamento entre a teoria e a prática que tem se mostrado nocivo para a Ciência Econômica. Este artigo procura criticar a microfundamentação da macro partindo de duas bases: primeiro, através da revisão do que convencionamos chamar de críticas internas à microfundamentação, relacionadas às distorções provenientes do reducionismo e da opção pelo agente representativo na elaboração de modelos econômicos; e, segundo, mediante críticas externas, focalizando a impossibilidade de se criar critérios a priori de seleção de teorias, devido à inexistência de fundamentos únicos e perenes para o conhecimento. Por fim, a perspectiva pragmática é apresentada como uma possível alternativa.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

BARBOSA, L.; CUNHA, A.; SALLU M, A. Competitive equilibrium hyperinflation

under rational expectations. Economic Theory, v. 29, n. 1, p. 181-195, Sept. 2006.

BEST, J.; WIDMAIER, W. Micro- or macro-moralities? Economic discourses and

policy possibilities. Review of International Political Economy, v. 13, n. 4, p. 609-631, Oct. 2006.

BACKHOUSE, Roger E.; BOIANOVSKY, Mauro. Whatever happened to Microfoundations.

version 1, Aug. 2005. Unpublished typescript.

BRESSER-PEREIRA, L. A verdade e seus objetos. 2006. Disponível em:

www.bresserpereira.org.br>. Acesso em: 19/11/2009.

BULLARD, J.; BUTLER, A. Nonlinearity and chaos in economic models: implications for policy decisions. The Economic Journal, v. 103, n. 419, p. 849-867, July, 1993.

CERQUEIRA, H. Adam Smith e seu contexto: o Iluminismo escocês. VIII Encontro de Economia da Região Sul - ANPEC SUL, 2005.

DAVIDSON, P. John Maynard Keynes. London and New York: Palgrave/Macmilan

Publishers, 2007. (book in the Great Thinkers in Economics series being published

by Palgrave).

GREIF, A. Institutions and the path to the modern economy: lessons from medieval trade.

Cambridge ; New York: Cambridge University Press, 2005.

HAHN, F.; NEGISHI, T. A theorem on non-tatonnement stability. Econometrica, v.30, n. 3, p. 463-469, July 1962.

HANDS, D. W. Reflection without rules: economic methodology and contemporary science

theory. 1st ed. Cambridge, England: Cambridge University Press, 2001.

HICKS, J. IS-LM: an explanation. Journal of Post Keynesian Economics, v. 3, n. 2, p.139-154, Winter 1981.

HOOVER, K. Is macroeconomics for real? The Monist, n. 78, p. 235–57, 1999.

HOOVER, K. The methodology of empirical Macroeconomics. Cambridge, UK ; New

York, NY: Cambridge University Press, 2001.

HOOVER, K. Microfoundations and the ontology of Macroeconomics. In: Kincaid,

Harold; Ross, Donald (Ed.). Oxford handbook of the Philosophy of Economic Science.

Oxford: Oxford University Press, 2006.

KEYNES, J. M. General theory of employment, interest and money”. Macmillan Cambridge

University Press, 1936.

KIRMAN, A. Whom or what does the representative individual represent? The Journal

of Economic Perspectives, v. 6, n. 2, p. 117-136, Spring 1992.

KYDLAND, F. E.; PRESCOTT , E. C. Rules rather than discretion: the inconsistency

of optimal plans. The Journal of Political Economy. v. 85, n. 3, p. 473-492, June

LU CAS, R. Understanding business cycles. In: Brunner, K.; Meltzer, H. (Ed.).

Stabilization of the domestic and international economy. Carnegie-Rochester

Conference Series on Public Policy 5. Amsterdam: North-Holland. p. 7-29.

LU CAS, R. E.; SARGENT, T. J. After keynesian macroeconomics. Federal Reserve

Bank of Minneapolis Quaterly Review, v. 3, n.2, p. 1-16, Mar. 1978.

MANKIW, N. G. The macroeconomist as scientist and engineer. NBER Working Paper Series, June 2006. (Working Paper n. 12349).

MARSHALL, A. Principles of economics. London: Macmillan and Co. Ltd, 1920.

MCCLOSKEY, D. N. The rethoric of economics. Journal of Economic Literature, v.XXI, p. 481-517, June 1983.

OLIVEIRA LIMA, L. Relatório de pesquisa n. 33/1997. Núcleo de Pesquisas e Publicações,

FGV, 1997.

ORPHANIDES, A. Historical monetary policy analysis and the Taylor rule. Carnegie-Rochester Conference, Nov. 2002.

QUINE, W. V. Main trends in recent philosophy: two dogmas of empiricism. The Philosophical Review, v. 60, n. 1, p. 20-43, Jan. 1951.

RORTY, R. Philosophy and the mirror of nature. 1st ed. Princeton: Princeton University

Press, 1979. Paperback.

RORTY, R. Philosophy and social hope. 1st ed. New York: Penguin Books, 1999.

RORTY, R. Take care of freedom and truth will take care of itself: interviews with Richard Rorty.

Eduardo Mendieta (Ed.). 1st ed. Stanford: Stanford University Press, 2006.

SNOWDON, B.; VANE, H. Modern macroeconomics: its origins, development and current state. Edward Elgar, 2005.

VERCELLI, A. Methodological foundations of macroeconomics: Keynes and Lucas. 1st

ed. Cambridge, England; New York: Cambridge University Press, 1991.

Downloads

Publicado

01-12-2009

Edição

Seção

Não definida

Como Citar

Jardim, E. F., Lichand, G., & Gala, P. (2009). Microfundamentos da Macroeconomia: notas críticas . Estudos Econômicos (São Paulo), 39(4), 851-871. https://doi.org/10.1590/S0101-41612009000400006