Cognição, afetividade e moralidade

Autores

  • Valéria Amorim Arantes de Araújo Universidade de Uberaba

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1517-97022000000200010

Palavras-chave:

Moral, Estados emocionais, Conflitos morais, Modelos organizadores

Resumo

O presente trabalho fundamenta-se em algumas tendências atuais no campo da Psicologia Moral, que buscam compreender a natureza dos juízos e das ações morais, incorporando o papel da afetividade em tais processos. Para atender esse objetivo, são apresentados alguns trabalhos recentes bem como os dados relativos a uma investigação, na qual se buscou identificar e analisar as possíveis relações entre os estados emocionais, os raciocínios morais e a organização do pensamento dos sujeitos quando solicitados a resolverem conflitos de natureza moral. Dentre seus resultados, foi encontrada uma forte relação entre o estado emocional dos sujeitos e a forma como organizavam seu raciocínio. A partir das novas contribuições teóricas que vêm surgindo recentemente neste campo de estudos, discute-se a necessidade de se pesquisar como a educação moral pode ser pautada em parâmetros distintos daqueles relacionados ao desenvolvimento e à construção da capacidade racional da justiça. Sem negar a importância de tal construção, defende-se o princípio de que a educação deve preocupar-se também com a construção e organização da dimensão afetiva do psiquismo, buscando a formação de personalidades morais que integrem em seus juízos e suas ações, ao mesmo tempo, os interesses pessoais e coletivos.

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Publicado

2000-12-01

Edição

Seção

Em Foco: Ética e Educação

Como Citar

Cognição, afetividade e moralidade . (2000). Educação E Pesquisa, 26(2), 137-153. https://doi.org/10.1590/S1517-97022000000200010