Uma concepção pragmática de ensino e aprendizagem
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1517-97022007000300005Palavras-chave:
Ensino, Aprendizagem, Linguagem e pragmáticaResumo
Com a virada lingüística no final do século XIX, surgiram novas epistemologias que passaram a considerar o papel fundamental da linguagem e de sua práxis na constituição dos sentidos da nossa experiência. Em particular, o filósofo Wittgenstein passa a falar em jogos de linguagem para enfatizar as atividades envolvidas com a linguagem, vistas como instrumentos lingüísticos por excelência. Não obstante, o pragmatismo na Educação continuou reservando à linguagem apenas a função de descrever a experiência ou de ser sua representante. Nesse sentido, o texto propõe uma reflexão sobre o ensino e a aprendizagem no contexto escolar que tenha como referência uma epistemologia de inspiração wittgensteiniana, a pragmática filosófica, com o intuito de se repensar as atuais práticas pedagógicas, as quais têm oscilado entre uma concepção essencialista da Educação (todos constroem um mesmo conhecimento) e, no outro extremo, a possibilidade de um relativismo total. Entre o transcen-dental e o empírico, a pragmática filosófica nos dá instrumentos para ver a atividade do ensino como a apresentação de uma determinada visão de mundo, fundamentada em regras de natureza convencional, e que, portanto, não são passíveis de ser descobertas pelo aluno, mas ao mesmo tempo são as condições de sentido para que o aluno, uma vez persuadido pelo professor, possa organizar de uma outra maneira a sua experiência orientada por essas regras.Downloads
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Publicado
2007-12-01
Edição
Seção
Artigos
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Como Citar
Uma concepção pragmática de ensino e aprendizagem . (2007). Educação E Pesquisa, 33(3), 459-470. https://doi.org/10.1590/S1517-97022007000300005