Construção de um circuito no tratamento do autista
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v28i3p365-377Palavras-chave:
autismo, tratamento, clinica, psicanaliseResumo
A partir da apresentação de fragmentos de um caso clínico de autismo infantil, busca-se discutir possibilidades de manejo da voz, do olhar e do corpo do analista no trabalho com sujeitos autistas. Com o referencial da psicanálise, analisam-se algumas estratégias utilizadas pelas analistas na condução do caso bem como seus efeitos na construção do corpo da criança. Assim, considera-se que o analista, ao se portar como um parceiro no trabalho de construção já realizado pelo autista, pode acolher suas dificuldades e reconhecer seus interesses particulares, a fim de estabelecer uma prática clínica que o ajude a se regular e a construir formas menos angustiantes de estar no mundo e de se relacionar.
Downloads
Referências
Brousse, M. H. (2014, novembro). Corpos lacanianos: Novidades contemporâneas sobre o Estádio do Espelho. Opção Lacaniana online nova série, (15), 1-17.
Ciaccia, A. D. (2007). Inventar a psicanálise na instituição. In V. A. Ribeiro (Trad.), Pertinências da psicanálise aplicada: Trabalhos da Escola da Causa Freudiana reunidos pela Associação do Campo Freudiano (pp. 69-75). São Paulo: Forense Universitária.
Cosenza, D.. Desejo do Analista e Nome do Pai. In: Opção Lacaniana. Edição Especial, no 50, p.110-113.
Ferreira, T. & Vorcaro, A. (2017). O tratamento psicanalítico de crianças autistas: diálogo com múltiplas experiências. Belo Horizonte: Autêntica Editora.
Freud, S. (2019). As pulsões e seus destinos. In S. Freud, As pulsões e seus destinos. (P. H. Tavares, trad., pp. 121-150). Belo Horizonte: Autêntica Editora. (Obra original publicada em 1915).
Freud, S. (2020). Sobre o início do tratamento. In S. Freud, Fundamentos da clínica psicanalítica. (C. Dornbusch, trad., pp. 13-72). Belo Horizonte: Autêntica Editora. (Obra original publicada em 1913).
Lacan, J. (1998a). O Seminário, livro 11: Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.. (Obra original publicada em 1964).
Lacan, J. (1998b). O estádio do espelho como formador da função do eu. In J. Lacan, Escritos (V. Ribeiro, trad., pp. 96-103). Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1949).
Lacan, J. (1998c). Variantes do tratamento-padrão. In J. Lacan, Escritos (V. Ribeiro, trad., pp. 325-364). Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1955).
Laurent, E. (2014). A batalha do autismo: da clínica à política. Rio de Janeiro: Zahar.
Laznik, M. C. (2013). A voz da sereia: O autismo e os impasses na constituição do sujeito. Salvador: Agalma.
Lefort, R. (1991). Unidade da Psicanálise. In J. Miller, A criança no discurso analítico. (org. pp. 11-12). Rio de Janeiro: Zahar.
Maleval, J. C. (2017). O autista e sua voz. São Paulo: Blücher.
Miller, J.-A. (1994). C.S.T. In IRMA, Clínica lacaniana: Casos clínicos do campo lacaniano (pp. 9-15). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Miller, J-A. (2015). O osso de uma análise + O inconsciente e o corpo falante. Rio de Janeiro: Zahar.
Orrado, I. & Vives, J-M. (2022). Autismo e mediação: bricolar uma solução para cada um. (P. C. de Souza Júnior, trad.). São Paulo: Aller.
Soler, C. (2007). O inconsciente a céu aberto na psicose. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Stiglitz, G. (2019). Prefácio do livro “Diários de Bordo: Autismo, Educação e Psicanálise em Interface” (A. L. S. de Oliveira & B. R. de Castro, Org., pp. 7-12). Cariacica, ES: Cândida.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Isabela de Lima Nogueira, Jéssyca Carvalho Lemos, Maria Gláucia Pires Calzavara

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O envio dos manuscritos deverá ser acompanhado de Carta à Comissão Executiva solicitando a publicação. Na carta, o(s) autor(es) deve(m) informar eventuais conflitos de interesse - profissionais, financeiros e benefícios diretos ou indiretos - que possam vir a influenciar os resultados da pesquisa. Devem, ainda, revelar as fontes de financiamento envolvidas no trabalho, bem como garantir a privacidade e o anonimato das pessoas envolvidas. Portanto, o(s) autor(es) deve(m) informar os procedimentos da aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética da instituição do(s) pesquisador(es) com o número do parecer.
O material deve ser acompanhado também de uma Declaração de Direito Autoral assinada por todo(s) o(s) autor(es) atestando o ineditismo do trabalho, conforme o seguinte modelo:
Eu, Rinaldo Voltolini, concedo à revista o direito de primeira publicação e declaro que o artigo intitulado Sobre uma política de acolhimento de professores em situação de inclusão, apresentado para publicação na revista Estilos da Clínica, não foi publicado ou apresentado para avaliação e publicação em nenhuma outra revista ou livro, sendo, portanto, original.