Considerações sobre a direção de tratamento na Clínica de Linguagem com crianças que não falam

Autores

  • Cláudia Hashimoto Figueiredo Cerqueira Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v28i3p378-393

Palavras-chave:

autismo, Clínica de Linguagem, tratamento

Resumo

Neste artigo, após apresentar uma reflexão crítica sobre os efeitos da terapia ABA (Applied Behavior Analysis) - Análise Aplicada do Comportamento (verbal) no atendimento de uma criança com o diagnóstico de autismo, proponho indicar um outro entendimento de linguagem e, portanto, um outro modo de se posicionar diante da fala dessas crianças. Neste sentido, esse artigo tem como objetivo apresentar uma crítica, a partir da Clínica de Linguagem, solo teórico desse trabalho, a metodologia ABA, método amplamente difundido no tratamento dessas crianças.

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Biografia do Autor

  • Cláudia Hashimoto Figueiredo Cerqueira, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

    Fonoaudióloga. Doutoranda em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, SP., Brasil.

Referências

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Publicado

2023-12-28

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Considerações sobre a direção de tratamento na Clínica de Linguagem com crianças que não falam. (2023). Estilos Da Clinica, 28(3), 378-393. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v28i3p378-393