O papel protetor da mentalização de experiências traumáticas: implicações quando da entrada na parentalidade

Autores

  • Karin Ensink Universidade Laval
  • Peter Fonagy Universidade College London
  • Lina Normandin Universidade Laval
  • Nicolas Berthelot Universidade de Québec à Trois-Rivières
  • Marko Biberdzic Universidade Laval
  • Josée Duval Universidade Laval

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v20i1p76-91

Resumo

Já é amplamente reconhecido que as experiências de abuso e de trauma na infância, particularmente as que se passam em um contexto de apego sem segurança, prejudicam o desenvolvimento do sentimento fundamental de segurança em relação ao outro, deixando, desse modo, as vítimas com um sentimento de solidão e com afetos e dores que não podem ser partilhados e associados ao trauma. Por sua vez, quando essas crianças crescem e tornam-se pais, permanecem extremamente vulneráveis à desorganização e à confusão quando confrontados ao desamparo de seus filhos. Isso os torna ainda mais passíveis de reagir de modo impróprio, considerando a ativação dos efeitos ligados ao trauma não resolvido. Entretanto, tal como demonstrado por Fraiberg, os pais aptos para fazer face às experiências traumáticas e aos chamados "fantasmas do passado" têm menor risco de transmitir o trauma a seus filhos. Isso sugere que a mentalização é um fator importante de resiliência.

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Biografia do Autor

Karin Ensink, Universidade Laval

Professor of  Child and Adolescent Psychology

Peter Fonagy, Universidade College London

Professor da University College London - Psychoanalysis Unit
Research Department of Clinical, Educational and Health Psychology

Lina Normandin, Universidade Laval

Doutoranda na Universidade Laval

Nicolas Berthelot, Universidade de Québec à Trois-Rivières

Professor do Département des Sciences Infirmières
da Universidade de Québec à Trois-Rivières

Marko Biberdzic, Universidade Laval

Doutorando - Escola de Psicologia

Josée Duval, Universidade Laval

Doutorando - Escola de Psicologia

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Publicado

2015-04-01

Como Citar

Ensink, K., Fonagy, P., Normandin, L., Berthelot, N., Biberdzic, M., & Duval, J. (2015). O papel protetor da mentalização de experiências traumáticas: implicações quando da entrada na parentalidade. Estilos Da Clinica, 20(1), 76-91. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v20i1p76-91