O que há de trágico na era da técnica?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v27i1p13-32

Palavras-chave:

Técnica, Filosofia do trágico, Heidegger, Jünger

Resumo

Propomos entender a técnica moderna e o perigo que ela apresenta a partir da noção de trágico. Para isso, buscamos conectar a teoria da técnica de Jünger e seu realismo heroico à filosofia do trágico pensada desde o idealismo alemão. Em seguida, procuramos contrapor esta concepção à interpretação heideggeriana sobre o perigo da técnica enquanto limiar catastrófico do Ocidente. Entre as duas concepções “trágicas” sobre a técnica, vislumbramos aquilo que Schürmann denominou, em Heidegger, de uma trágica “discordância temporal” no domínio da técnica capaz de conduzir à catástrofe planetária ou a um outro início a partir do pensamento do ser.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Benjamin, W. (1994). “Teorias do fascismo alemão. Sobre a coletânea guerra e guerreiros editada por Ernst Jünger”. In:__ Magia, técnica, arte e política: Ensaios sobre literatura e história da cultura. Trad. Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense.

Borges-Duarte, I. (2014). “Gestell e Gestalt: fenomenologia da configuração técnica do mundo em Heidegger”. In: Borges-Duarte, I.; Pardelha, I (org.). Fenomenologia e Ciência. Congresso Internacional da Affen, 4., 2014, cidade. Actas. Disponível em: [http://www.affen.pt/iv-congresso-internacional-da-affen.-iii-congresso-luso-brasileiro-de-fenomenologia.html]. Acesso em: [15 dez. 2021].

Campbell, S.M. (2017). “The catastrophic essence of the human being in Heidegger’s readings of Antigone”. In: Gatherings: The Heidegger Circle Annual, p. 84-102.

Coelho, V.O.P. (2013). O sublime da guerra e o tempo como mudança de plano. In: Dimensões, 30, p.173-212.

Coelho, V.O.P. (2017). Ernst Jünger e o demônio da técnica: modernidade e reacionarismo. Topoi (Rio J.), Rio de Janeiro, 18(35), p. 246-273. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2237-101X01803502

Cooper, D.E. (1996). Modern mythology: the case of ‘reactionary modernism. History of the Humans Sciences. 9(2). p. 25-37.

Heidegger, M. (1983). (GA 13) Aus der Erfahrung des Denkens. Ed. H. Heidegger. Frankfurt Am Main: Vittorio Klostermann.

Heidegger, M. (1994). “Hacia la Pregunta del Ser”. In: Jünger, E; Heidegger, M. Acerca del Nihilismo. Trad. José Luis Molinuevo. Barcelona: Paidós.

Heidegger, M. (1999). Introdução à metafísica. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.

Heidegger, M. (2001). A questão da técnica. In:_ Ensaios e conferências. Trad. Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel, Marcia Sá Cavalcante Shuback. Petrópolis: Vozes.

Heidegger, M. (2001). A superação da metafísica. In:_ Ensaios e conferências. Trad. Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel, Marcia Sá Cavalcante Shuback. Petrópolis: Vozes.

Heidegger, M. (2009). A auto-afirmação da universidade alemã. Trad. Alexandre Franco Sá. Covilhã: Lusofia Press.

Heidegger, M. (2010). Nietzsche, vol. I. Trad. Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Heidegger, M. (2012). Bremen and Freiburg lectures. Trad. Andrew. J. Mitchell. Bloomington: Indiana University Press.

Heidegger, M. (2015). Contribuições à filosofia: do Acontecimento apropriador. Trad. Marco Antônio Casanova. Revisão de Gabriel Lago Barroso. Rio de Janeiro: Via Vérita.

Hodge, J. (1995). Heidegger e a ética. Trad. Gonçalo Couceiro Feio. Lisboa: Instituto Piaget.

Hyppolite, J. (1970). Introduccion a la filosofia de la historia de Hegel. Trad. Alberto Drazul. Buenos Aires: Ediciones Calden.

Hyppolite, J. (1971). « Le tragique et le rationnel dans la philosophie de Hegel ». In:_Figures de la pensée philosophique. Paris: Presses universitaires de France.

Jünger, E. (1990). El trabajador. Dominio y figura. Trad. André Sánchez Pascual. Barcelona: Tusquets.

Lacoue-Labarthe, P. (1990). “The Caesura”. In: _ Heidegger, art and politics. Trad. Chris Turner. Oxford: Basil Blackwell.

Lacoue-Labarthe, P. (2000). “A cesura do especulativo”. In:_ A imitação dos modernos: ensaios sobre arte e filosofia. Trad. João Camillo Penna, et al. São Paulo: Paz e Terra.

Loparic, Z. (1996). Heidegger e a pergunta pela técnica. Cad. Hist. Fil. Ci. Campinas, 6(2), p. 107 - 138.

Nancy, J.L. (2016). Após a tragédia. In:_ Demanda: literatura e filosofia. Trad. João Camillo Penna, et al. Florianópolis: Ed. UFSC.

Rüdiger, F. (2014). Martin Heidegger e a questão da técnica. Prospectos acerca do futuro do homem. Porto Alegre: Sulina.

Schürmann, R. (2003). Broken Hegemonies. Trad. Reginald Lilly. Bloomington: Indiana University Press.

Szondi, P. (2004). Ensaio sobre o trágico. Trad. Pedro Süssekind. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Downloads

Publicado

2022-06-29

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O que há de trágico na era da técnica?. (2022). Cadernos De Filosofia Alemã: Crítica E Modernidade, 27(1), 13-32. https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v27i1p13-32