Estabilidade dinâmica de pessoas com AVE durante o movimento de cabeceio simulado em um jogo digital

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/19027628042021

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral;, Postura, Reabilitação, Equilibrio Postural, Jogos de Vídeos

Resumo

A estabilidade postural é um objetivo de
tratamento na fisioterapia que pode ser alcançado por meio de exercícios de transferência de peso bilateral.
Os jogos digitais surgem como alternativa para execução desses exercícios, mas sua avaliação ainda necessita de aprimoramento. Propõe-se aqui o uso de variáveis biomecânicas para verificar o comportamento da estabilidade postural dinâmica durante um movimento
de cabeceio, simulado por um jogo digital com diferentes exigências de velocidades. Para isso, 16 voluntários pós-acidente vascular encefálico (AVE) – 12 homens e 4 mulheres, com idade média de 56 anos – e 16 hígidos pareados por sexo e idade participaram da coleta experimental, na qual eles foram submetidos ao jogo digital “cabeceio”, que tem cinco níveis de velocidade, do mais lento ao mais rápido, com duração de 30 segundos cada. A partir dos sinais cinemáticos foi possível calcular os indicadores de interesse, a área da base de suporte e a margem de estabilidade, definida como a menor
distância entre as bordas da base de suporte e a projeção vertical do centro de massa (CM) extrapolado, que considera a velocidade do CM. Os valores da base de suporte não apresentaram diferenças entre os níveis de
velocidade do jogo, mas sim entre grupos. A margem de estabilidade não diferiu entre níveis e grupos. Os níveis de velocidade do jogo, possivelmente, não estimularam os voluntários a buscar estratégias diferentes para manter a estabilidade, como dar um passo, mas os
fizeram adotar bases de suporte diferentes, sendo que indivíduos com AVE adotaram uma base de suporte menor do que a dos hígidos.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Terranova TT, Albieri FO, Almeida MD, Ayres DVM, Cruz SF, Milazzotto MV, et al. Chronic cerebral vascular accident: rehabilitation. Acta Fisiatrica. 2012;19(2):50-9. doi:10.5935/0104-795.20120011.

Tyson SF, Hanley M, Chilala J, Selley A, Tallis RC. Balance disability after stroke. Phys Ther. 2006;86(1):30-8. doi: 10.1093/

ptj/86.1.30.

Pollock AS, Durward BR, Rowe PJ, Paul JP. What is balance? Clin Rehabil. 2000;14(4):402-6. doi: 10.1191/0269215500cr342oa.

Kong KH, Loh YJ, Thia E, Chai A, Ng CY, Soh YM, et al. Efficacy

of a virtual reality commercial gaming device in upper limb recovery after stroke: a randomized, controlled study. Top Stroke Rehabil. 2016;23(5):333-40. doi: 10.1080/10749357.2016.1139796.

Putnam C, Cheng J, Seymour G. Therapist perspectives: Wii active videogames use in inpatient settings with people who have had a brain injury. Games Health J. 2014;3(6):366-70.

doi: 10.1089/g4h.2013.0099.

Kato PM. Video games in health care: closing the gap. Rev Gen

Psychol. 2010;14(2):113-21. doi: 10.1037/a0019441.

Rosas R, Nussbaum M, Cumsille P, Marianov V, Correa M, Flores

P, et al. Beyond Nintendo: design and assessment of educational

video games for first and second grade students. Comput

Educ. 2003;40(1):71-94. doi: 0.1016/S0360-1315(02)00099-4.

Cho KH, Lee KJ, Song CH. Virtual-reality balance trainning with a video-game system improve dynamic balance in

chronic stroke patients. Tohoku J Exp Med. 2012;228(1):69-74. doi: 10.1620/tjem.228.69.

Saposnik G, Teasell R, Mamdani M, Hall J, Mcllroy W, Cheung D,

et al. Effectiveness of virtual reality using Wii gaming technology

in stroke rehabilitation: a pilot randomized clinical trial and

proof of principle. Stroke. 2010;41(7):1477-84. doi: 10.1161/

STROKEAHA.110.584979.

Sena CG, Saes MO, Brod M, Pitzer Neto VE. Eficácia do

tratamento fisioterápico para o controle de tronco em

indivíduos acometidos pelo acidente vascular encefálico.

Rev Insp Mov Saude. 2013;5(6):16-9.

Walker ML, Ringleb SI, Maihafer GC, Walker R, Crouch JR,

Van Lunen B, et al. Virtual reality-enhanced partial body

weight-supported treadmill training poststroke: feasibility

and effectiveness in 6 subjects. Arch Phys Med Rehabil.

;91(1):115-22. doi: 10.1016/j.apmr.2009.09.009.

Rahman HA, Khor KX, Yeong CF, Su ELM, Narayanan ALT. The potential of iRest in measuring the hand function

performance of stroke patients. Biomed Mater Eng. 2017;28(2):105-16. doi: 10.3233/BME-171660.

Orihuela-Espina F, Castillo IF, Palafox L, Pasaye E, Sánchez-Villavicencio I, Leder R, et al. Neural reorganization

accompanying upper limb motor rehabilitation from stroke with virtual reality-based gesture therapy. Top Stroke Rehabil. 2013;20(3):197-209. doi: 10.1310/tsr2003-197.

Nijboer TCW, Olthoff L, Van der Stigchel S, Visser-Meily JMA.

Prism adaptation improves postural imbalance in neglect patients. Neuroreport. 2014;25(5):307-11. doi: 10.1097/WNR.0000000000000088.

de Vries AW, Faber G, Jonkers I, Van Dieen JH, Verschueeren SM. Virtual reality balance training for elderly: similar skiing games elicit different challenges in balance training. Gait Posture.

;59:111-6. doi: 10.1016/j.gaitpost.2017.10.006.

Horak FB, Dimitrova D, Nutt JG. Direction-specific postural instability in subjects with Parkinson’s disease. Exp Neurol.

;193(2):504-21. doi: 10.1016/j.expneurol.2004.12.008.

Hof AL, Gazendam MGJ, Sinke WE. The condition for

dynamic stability. J Biomechan. 2005;38(1):1-8. doi: 10.1016/j.

jbiomech.2004.03.025.

O’Sullivan SB, Schmitz TJ. Fisioterapia: avaliação e tratamento.

Barueri: Manole; 2010.

Tisserand R, Robert T, Dumas R, Chèze L. A simplified

marker set to define the center of mass for stability analysis

in dynamic situations. Gait Posture. 2016;48:64-7. doi: 10.1016/j.

gaitpost.2016.04.032.

Dumas R, Chèze L, Verriest JP. Adjustments to McConville et al.

and Young et al. body segment inertial parameters. J Biomechan.

;40(3):543-53. doi: 10.1016/j.jbiomech.2006.02.013.

Publicado

2023-02-23

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Estabilidade dinâmica de pessoas com AVE durante o movimento de cabeceio simulado em um jogo digital. (2023). Fisioterapia E Pesquisa, 28(4), 369-375. https://doi.org/10.1590/1809-2950/19027628042021