Analisando a dispersão periférica no Brasil: uma associação de ferramentas computacionais para avaliar transformações espaciais no bairro Vila Cabral, Campina Grande
DOI:
https://doi.org/10.11606/gtp.v17i1.183854Palavras-chave:
Ferramentas de análise espacial, Análise urbana paramétrica, Dispersão urbana periférica, Análise angular de segmentos, Sintaxe espacialResumo
Este artigo trata dos aspectos relacionados ao crescimento urbano periférico e das transformações espaciais ocorridas entre os anos de 2005 e 2020 no bairro Vila Cabral, localizado na periferia de Campina Grande, uma cidade média brasileira situada no interior do estado da Paraíba. O principal objetivo desta pesquisa é avaliar a eficiência da associação metodológica proposta para realização de estudos relacionados ao crescimento urbano no Brasil, analisando as características desse processo na amostra estudada. O estudo lança mão de uma análise quanti-qualitativa de uma amostra homogênea do tecido urbano, realizando os seguintes procedimentos: (i) revisão de literatura, (ii) decomposição formal do tecido urbano; (iii) Análise Angular de Segmentos (ASA / Sintaxe Espacial); (vi) análise paramétrica da diversidade de usos; e (v) análise paramétrica da densidade urbana (populacional e construída). Foram elaborados dois cenários analíticos distintos (2005 e 2020), para então comparar os resultados. Ao final, foi possível avaliar objetivamente as transformações ocorridas entre os dois cenários, com as discussões propostas orbitando o modelo atual de crescimento urbano no Brasil e qual o papel dos indicadores objetivos em tarefas de diagnóstico. A investigação reforça que a associação de diferentes metodologias de análise urbana fortalece os processos de diagnóstico. As métricas objetivas abordadas podem auxiliar à tomada de decisões projetuais e auxiliam os projetistas a propor cidades com mais qualidade.
Downloads
Referências
BEREITSCHAFT, B.; DEBBAGE, K. Urban form, air pollution, and CO² emissions in large US metropolitan areas. The Professional Geographer, v. 65, n. 4, pp. 612-635, 2013. DOI: https://doi.org/10.1080/00330124.2013.799991
BERGHAUSER PONT, M.; HAUPT, P. Spacematrix: Space, Density and Urban Form. Rotterdam: NAI Publishers, 2010.
BRUECKNER, J. K. Urban sprawl: diagnosis and remedies. International Regional Science Review, v. 23, n. 2, pp. 160-171, 2000. DOI: https://doi.org/10.1177/016001700761012710
CHAKRABARTI, V. A country of cities: a manifesto for an urban america. New York: Metropolis Books, 2014.
COELHO, C. D. Os elementos urbanos. Lisbon: Argumentum, 2013.
CORREA, R. L. O Espaço Urbano. São Paulo: Ática, 2004.
COSTA, L. B. Estruturação da cidade de Campina Grande: as estratégias e intencionalidades do mercado imobiliário. 2013. 194 p. (Masters dissertation) – Centro de Ciências Exatas e da Natureza, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2013.
DANTZIG, G.; SAATY, T. Compact City: a plan for a liveable urban environment. San Francisco: Freeman, 1973.
DE ROO, G. Environmental Planning in the Netherlands: Too Good to be True. From Command-and-control Planning to Shared Governance. Farnham: Ashgate, 2003
DUANY, A.; PLATER-ZYBERK, E. The Second Coming of the American Small Town. Wilson Quarterly, v. 16, n. 1, pp. 3-51, 1992.
EWING, R.; SCHMID, T.; KILLINGSWORTH, R.; ZLOT, A.; RAUDENBUSH, S. Relationship between urban sprawl and physical activity, obesity, and morbidity. American Journal of Health Promotion, v. 18, n. 1, pp. 47-57, 2003. DOI: https://doi.org/10.4278/0890-1171-18.1.47
FARR, D. Sustainable Urbanism: urban design with nature. New Jersey: John Wiley & Sons, 2007.
FREY, H. Designing the city: Towards a more sustainable urban form. London: Taylor & Francis, 2003.
FRUMKIN, H. Urban Sprawl and Public Health. Public Health Reports, v. 117, n. 3, pp. 201-217, 2002. DOI: https://doi.org/10.1093/phr/117.3.201
FRUMKIN, H.; FRANK, L.; JACKSON, R. J. Urban sprawl and public health: Designing, Planning, and Building for Healthy Communities. Washington: Island Press, 2004.
GEHL, J. Cities for people. Washington: Island Press, 2013.
GLAESER, E. Triumph of the City: how our greatest invention makes us richer, smarter, greener, healthier, and happier. London: Penguin Books, 2012.
HAMILTON, D. K.; WATKINS, D. H. Evidence-based design for multiple building types. New Jersey: John Wiley & Sons, 2008.
HILLIER, B.; HANSON, J. The social logic of space. New York: Cambridge University Press, 1984.
HILLIER; B.; YANG, T.; TURNER, A. Normalising least angle choice in Depthmap - and how it opens up new perspectives on the global and local analysis of city space. Journal of Space Syntax, v. 3, n. 2, pp.155-193, 2012.
HOEK, J. W. Towards a Mixed-use Index (MXI) as a tool for urban planning and analysis. 2008. Available at: http://joostvandenhoek.com/mediapool/80/805179/data/PhD_proceedings_2009_
layout_v10_spreads_hoek.pdf. Accessed 14 Mar. 2021.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – 2019: Avaiable at: https://cidades.ibge.gov.br
/brasil/pb/campina -grande/panorama>. Acessed in 21 Mar. 2021.
JABAREEN, Y. R. Sustainable urban forms: their typologies, models, and concepts. Journal of Planning Education and Research, v. 26, n. 1, pp. 38-52, 2006. DOI: https://doi.org/
1177/0739456X05285119
JENKS, M.; BURGESS, M. J. R.; ACIOLY, C.; ALLEN, A.; BARTER, P. A.; BRAND, P. Compact cities: sustainable urban forms for developing countries. London: Taylor & Francis, 2000.
JENKS, M.; DEMPSEY, N. Future forms and design for sustainable cities. London: Routledge, 2005.
KENWORTHY, J. R.; LAUBE, F. B. Automobile dependence in cities: an international comparison of urban transport and land use patterns with implications for sustainability. Environmental Impact Assessment review, v. 16, n. 4-6, pp. 279-308, 1996. DOI: https://doi.org/10.1016/S0195-9255(96)00023-6
KOLOVOU, I.; GIL, J.; KARIMI, K.; LAW, S.; VERSLUIS, L. "Road Centre Line simplification principles for Angular Segment Analysis." In: ELEVENTH INTERNATIONAL SPACE SYNTAX SYMPOSIUM, Portugal, Lisbon, 11., 2017. Proceedings […], Lisbon: Instituto Superior Técnico, Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Georrecursos, 2017.
LIMA, F. T. A.; MONTENEGRO, N.; PARAÍZO, R. C.; KÓS, J. R. Citymetrics: sistema (para)métrico para análise e otimização de configurações urbanas. Oculum Ensaios, v. 16, n. 2, pp. 409-427, 2019. DOI: https://doi.org/10.24220/2318-0919v16n2a4163
LIMA, F. T. A.; COSTA, F. R.; ROSA, A. Lógica algorítmica-paramétrica e urbanismo: uma revisão teórica e de modelos computacionais para projetos urbanos. Gestão & Tecnologia de Projetos, v. 15, n. 2, pp. 84-97, 2020. DOI: https://doi.org/10.11606/gtp.v15i2.162710
MAIA, D. S. A periferização e a fragmentação da cidade: loteamentos fechados, conjuntos habitacionais populares e loteamentos irregulares na cidade de Campina Grande-PB, Brasil. Scripta Nova, v. 14, n. 331, 2010.
MAIA, D. S.; CARDOSO, C. A. A.; ALONSO, S. F; SILVA, R. B. S. As desigualdades socioespaciais expressas no habitar. In: ELIAS, D.; SPOSITO, M. E. B.; SOARES, B. R. (Eds.). Agentes econômicos e reestruturação urbana regional Campina Grande e Londrina. São Paulo: Outras Expressões, 2013, pp. 117-138.
MOURELATOS, Z. P.; ZHOU, J. A design optimization method using evidence theory. Journal of Mechanical Design, v. 128, n. 4, pp. 901–908, 2006. DOI: https://doi.org/10.1115/1.2204970
NECHYBA, T. J.; WALSH, R. P. Urban sprawl. Journal of Economic Perspectives, v. 18, n. 4, pp. 177-200, 2004. DOI: 10.1257/0895330042632681
VAN NES; A.; BERGHAUSER PONT, M.; MASHHOODI, B. "Combination of Space Syntax with Spacematrix and The Mixed Use Index: The Rotterdam South Test Case." In: EIGHTH INTERNATIONAL SPACE SYNTAX SYMPOSIUM, Chile, Santiago de Chile, 8., 2012. Proceedings […], Santiago de Chile: Pontificia Universidad Católica de Chile, 2012.
YAMU, C.; NES, A.; GARAU, C. Bill Hillier's Legacy: Space Syntax: A Synopsis of Basic Concepts, Measures, and Empirical Application. Sustainability, v. 13, n. 6, 3394, 2021. DOI: https://doi.org/10.3390/su13063394. DOI: https://doi.org/10.3390/su13063394
NETTO, V. M.; KRAFTA, R. A forma urbana como problema de desempenho: o impacto de propriedades espaciais sobre o comportamento urbano. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, v. 11, n. 2, pp. 157-180, 2009. DOI: https://doi.org/10.22296/2317-1529.2009v11n2p157
NEWMAN, P. G.; KENWORTHY, J. R. Cities and automobile dependence: an international sourcebook. Brookfield: Gower Publishing, 1989.
NEWMAN, P.; KENWORTHY, J. Sustainable urban form: the big picture. In: BURTON, E.; JENKS, M.; WILLIAMS, K. (Eds.). Achieving Sustainable Urban Form. London: Spon Press, 2000, pp. 109-120.
NEWMAN, P.; KENWORTHY, J. Urban design to reduce automobile dependence. Opolis, v. 2, n. 1, pp. 35-52, 2006.
PORTER, G.; DE ROO, G. The end has no merit… In: DE ROO, G.; PORTER, G. (Eds.). Fuzzy Planning – The Role of Actors in a Fuzzy Governance Environment. London: Ashgate, Aldershot & Routledge, 2007, pp. 1-20.
ROGERS, R. Cities for a small planet. New York: Basic Books, 1998.
RUEDA, S. La ciudad compacta y diversa frente a la conurbación difusa. Ciudades para un futuro más sostenible, v. 19, n. 1, pp. 69-80, 1997.
SILVA, G. J. A. A sustentabilidade aplicada ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo. (Post-doctoral report) – Faculdade de Arquitetura, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2016.
SQUIRES, G. D. Urban sprawl: Causes, consequences, & policy responses. Washington: Urban Insitute Press, 2002.
TALEN, E. Sprawl retrofit: sustainable urban form in unsustainable places. Environment and Planning B, v. 38, n. 6, pp. 952-978, 2011. DOI: https://doi.org/10.1068/b37048
TURNER, A.; DOXA, M.; O'SULLIVAN, D.; PENN, A. From Isovists to Visibility Graphs: a methodology for the analysis of architectural space. Environment and Planning B, v. 28, n. 1, pp. 103-121, 2001. DOI: https://doi.org/10.1068/b2684
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Frederico Costa, Jaqueline Brandão, Geovany Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).