E. T. A. Hoffmann e o ideal de ópera romântica: o libreto de Undine à luz de seus escritos críticos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2448-1769.mag.2023.207221Palavras-chave:
E.T.A. Hoffmann, Ópera romântica alemã, LibretologiaResumo
Neste artigo é desenvolvida uma breve análise da ópera Undine (1816), do compositor e escritor alemão E.T.A. Hoffmann (1776-1822), com libreto de Friedrich de La Motte-Fouqué (1777-1843), com o intuito de verificar as relações entre essa obra e a reflexão sobre ópera realizada por Hoffmann em seus escritos críticos. Em muitos de seus ensaios de caráter ficcional, bem como em suas resenhas de crítica musical, Hoffmann desenvolve uma discussão sobre questões concernentes ao gênero operístico, fazendo uso do termo “romântico” para designar seus ideais estéticos. Tendo em vista que Undine é considerada uma das primeiras óperas românticas alemãs, propomos uma análise das seguintes questões: em primeiro lugar, o que Hoffmann entendia por “ópera romântica”? Em segundo, em que medida Undine reflete seus ideais estéticos, especificamente quanto ao libreto e a sua relação com a música? Espera-se evidenciar essa provável relação entre teoria e prática como um caminho possível de investigação das raízes do Romantismo na ópera de tradição alemã.
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