Reflexões sobre o Indianismo em Gonçalves Dias

Autores

  • Ana Carolina Sá Teles Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2448-1769.mag.2015.97793

Palavras-chave:

Gonçalves Dias, indianismo, caracterização, recepção crítica, escritos coloniais.

Resumo

Este artigo aborda a poesia indianista de Gonçalves Dias, observando como o poeta se apropriou de fontes indiretas sobre as sociedades ameríndias. Essas fontes são constituídas pelo conjunto de escritos do período colonial. Objetiva-se problematizar o lugar-comum de que a caraterização do indígena na obra de Gonçalves Dias seja uma mera reprodução de modelos do medievalismo cristão. Assim, recorre-se à recepção de Gonçalves Dias por meio da crítica de Antonio Candido, Alfredo Bosi, Cláudia Neiva de Matos, Lúcia Sá e David Treece. Também foram lidos cronistas e viajantes como Hans Staden, Jean de Léry, Pero de Magalhães Gândavo e Claude d’Abbeville.

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Biografia do Autor

  • Ana Carolina Sá Teles, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    Mestra (FAPESP) e Doutoranda (CNPq/FAPESP) na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo-FFLCH-USP

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Publicado

2015-12-15

Edição

Seção

LAVA

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