Leituras de um poeta-aprendiz

Autores

  • Ligia Rivello Baranda Kimori Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i25p122-131

Palavras-chave:

Bibliotecas, Marginália, Mário de Andrade, Poetas parnasianos brasileiros.

Resumo

Estudar a biblioteca de escritores nos coloca diante das áreas de interesse transitadas, conforme as épocas que as coleções sugerem ou demarcam. No caso de Mário de Andrade, sua grande biblioteca particular guarda diálogos dele com outros escritores, interlocução expressa na vasta marginália que a enriquece, ou escondida em obras sem anotações autógrafas. Diálogos que estabelecem matrizes explícitas e implícitas, detectadas na criação do polígrafo. Os vestígios deixados nas margens e folhas brancas dos volumes oferecem momentos na escritura e são documentos do processo criativo. A análise dessas anotações da leitura de Mário de Andrade em obras dos parnasianos brasileiros, conservadas em suas estantes, anotações que revelam, nos anos de 1910, um aprendiz de formas alheias, um poeta em formação, conhecedor, porém, dos princípios da versificação. Mostram-no também como um crítico iniciante, dotado de sagacidade. O presente artigo, ao se deter na leitura de obras do consagrado vate parnasiano Vicente de Carvalho, materializada nas notas do lápis do poeta-leitor, traz à tona o estudo aplicado de temas, de questões estéticas e soluções poéticas. Desvenda, ainda, a criação suscitada pelos poemas, quando o leitor esboça no volume, um poema parnasiano, acompanhando um mestre do passado.

 

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Publicado

2013-12-31

Como Citar

Kimori, L. R. B. (2013). Leituras de um poeta-aprendiz. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 25, 122-131. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i25p122-131