Na biblioteca vaginal: um discurso amoroso

Autores

  • Aline Leal Pontifícia Universidade Católica da PUC-Rio
  • Daniel Castanheira Pontifícia Universidade Católica da PUC-Rio

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i40p124-137

Palavras-chave:

arquivo, resistência, ditadura, cultura subterrânea.

Resumo

A biblioteca vaginal não é uma metáfora. Feita e transportada por mulheres, foi uma resistência encarnada à tirania da ditadura argentina. O trabalho da biblioteca vaginal é derivado das práticas das prisioneiras, mas o seu alcance vai além dessas mulheres e se estende para todos os tipos de resistência cultural que estavam ocorrendo nas condições mais adversas durante o regime ditatorial. Na biblioteca vaginal, encontramos os adolescentes do Teatro Cucaño, um pequeno grupo experimental de teatro da cidade de Rosário, bem como os renomados intelectuais da revista Punto de Vista. Homens e mulheres trabalharam para documentar e refletir sobre um período de terror e extremismo por meio de atos criativos e intelectuais que geralmente não conseguiam encontrar uma audiência fora do ambiente hermético e improvável da biblioteca vaginal. Este ensaio é uma história parcial da cultura intelectual subterrânea da última ditadura argentina.

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Biografia do Autor

  • Aline Leal, Pontifícia Universidade Católica da PUC-Rio

    Bolsista do Programa Nacional de Pós-Doutorado/Capes no Programa de Literatura, Cultura e Contemporaneidade do Departamento de Letras da PUC-Rio.

  • Daniel Castanheira, Pontifícia Universidade Católica da PUC-Rio

    Daniel Castanheira trabalha sobre escritas sonoras, entre literatura e artes integradas. É Professor Doutor do departamento de Letras e do curso de Artes Cênicas da PUC-Rio; professor do IED Rio (Istituto Europeo di Design); foi professor do departamento de Artes e Produção Cultural da UFF – CURO (2016); e professor do Instituto de Artes da UERJ (2009-2012); músico, produtor e artista sonoro; autor de obras e trilhas sonoras em diversas ações de artes plásticas, música, audiovisual, espetáculos de teatro e tv. Autor do livro Jacarepaguá (Lábia Gentil, 2017), onde reúne rascunhos do trânsito dos últimos quinze anos de trabalho. 

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Publicado

2020-08-31

Como Citar

Leal, A., & Castanheira, D. (2020). Na biblioteca vaginal: um discurso amoroso. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 40, 124-137. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i40p124-137