O grau zero da escritura: Roland Barthes em Combat

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DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i47p180-194

Palavras-chave:

O grau zero da escritura, Combat, Roland Barthes, Crítica literária

Resumo

Em 1946, depois de uma longa temporada recluso por conta de uma tuberculose, Roland Barthes se vê às voltas com a efervescente atmosfera intelectual francesa de meados do século XX. Atraído pela literatura desde os tempos do liceu e atento aos debates que emergiam na imprensa e na academia, publica em 1947, na página literária do jornal Combat, um artigo intitulado “O grau zero da escritura”. Lançado em 1953, o primeiro livro de Barthes, de mesmo título, foi organizado tendo como ponto de partida alguns artigos publicados nas páginas de Combat em 1947, 1950 e 1951. Neste artigo, faremos uma leitura desses textos com o objetivo de compreender algumas das permanências e transformações tecidas na composição de seu primeiro livro, onde encontramos uma história dos signos literários e um debate em direção à nova crítica literária francesa.

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Biografia do Autor

  • Fúvia Fernandes Pereira, Universidade Estadual Paulista

    Mestranda em Literatura e Vida Social no Programa de Pós-Graduação em Letras da Faculdade de Ciências e Letras de Assis. Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

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Publicado

2022-12-22

Dados de financiamento

Como Citar

Pereira, F. F. (2022). O grau zero da escritura: Roland Barthes em Combat. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 47, 180-194. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i47p180-194