Mídia, políticas públicas e identidades: guerras ontológicas e comércio cultural no universo quilombola

Autores

  • Ana Stela de Almeida Cunha Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2015.102221

Palavras-chave:

Public policies, Quilombos, Cultural production

Resumo

Neste texto discutirei de que forma a implementação de políticas públicas na área cultural têm transformado comunidades e associações, apontando algumas reflexões para as relações entre o mercado cultural e as comunidades que chamarei de ‘tradicionais’ (neste caso específico, as comunidades ‘quilombolas’) bem como o papel tanto do Estado quanto das empresas e da sociedade civil neste contexto. Vou abordar, portanto, o que chamarei de ‘guerra ontológica’ entre dois universos que, inicialmente são/estão antagónicos nesta arena que inclui produção cultural, património imaterial, movimentos sociais, mercado.

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Biografia do Autor

  • Ana Stela de Almeida Cunha, Universidade de São Paulo
    Professora Adjunta na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), curso de Linguagens e Códigos. Pós Doutorada em Antropologia pelo CRIA/FCT (Universidade Nova de Lisboa), onde desenvolveu o projeto Cruzando as fronteiras: africanidade e identidade em religiões de matriz banto no Brasil, Cuba e no Congo (RDC) Foi pesquisadora convidada do Museu Real da África Central (Tervuren, Bélgica) durante o ano de 2010. Pós Doutorada em Antropologia Social pelo ICS (Universidade de Lisboa, Portugal), com o projeto Quando Ndoki foi flechado: feitiçaria e cura no Palo Monte (Cuba) e Pajé de Negros (Maranhão, Brasil)". Fez seu Mestrado e Doutorado em Lingüística Africana (USP, Brasil). Foi Leitora na Universidade de Havana (Cuba) entre os anos de 2006 e 2008 (Ministério das Relações Exteriores), quando também realizou parte de sua pesquisa de campo. Desde 1996 trabalha com os quilombos do Maranhão, elaborando, em 2005 o Projeto Educacional "Falando em Quilombo" (Petrobras Cultural, 2005). Foi coordenadora do projeto "O Boi Contou" que teve como objetivo a produção de material didático adequado à realidade quilombola, financiado também pelo Programa Petrobras Cultural (2007). Atualmente possui projetos na área da Antropologia Visual, trabalhando com cantigas em ritos religiosos no Brasil, Cuba, Angola e Congo RDC, tendo realizado o video documentário João da Mata falado , com o patrocínio do Museu Edison Carneiro (Rio de Janeiro) e Ministério da Cultura, sob edital do ETNODOC (1º lugar Prêmio CRESPIAL UNESCO património imaterial) e Boi de zabumba é a nossa tradição! , menção honrosa UNESCO. Elaboradora e proponente do projeto A Estética do Terreiro (BNB de Cultura 2011). Elaboradora e coordenadora do projeto Caboclos Nkisis , sob patrocínio da OI Futuro (em andamento). Ganhadora do Prêmio "Pontos de Memória no Exterior 2013" (IPHAN), com documentário sobre o candomblé em Portugal e Espanha. Coordenadora da área de Antropologia no projeto "Libolo" (Angola) (USP/UNB, Universidade de Macau). É autora e organizadora de livros assim como artigos em revistas especializadas. 

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Publicado

2015-06-17

Edição

Seção

DOSSIÊ

Como Citar

Mídia, políticas públicas e identidades: guerras ontológicas e comércio cultural no universo quilombola. (2015). Novos Olhares, 4(1), 81-90. https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2015.102221