Nostalgia e demonização
o senso comum do apoio ao intervencionismo militar no Brasil antes de Bolsonaro
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2019.153583Palavras-chave:
Ditadura, Intervencionismo Militar, Bolsonaro, IdeologiaResumo
Este trabalho é produto da busca por compreender os fundamentos das ideias sustentadas pelos apoiadores do intervencionismo militar no Brasil e, nesse sentido, sintetiza os resultados de uma pesquisa qualitativa realizada no 2º semestre de 2017, em Goiânia-GO, um ano antes da eleição de Bolsonaro. Os dados mostraram haver um encadeamento de fatores na base do apoio ao militarismo, tais como o medo, a adoção da ideologia fascista, a descrença seguida do desejo de destruir a democracia e erigir outro Estado, com características contraditoriamente liberais e nacionalistas, e a participação na opinião pública para angariar espaço e validade discursiva, características que, aglutinadas, compuseram um tipo de senso comum de direita, cuja rede argumentativa oscila entre a nostalgia da ditadura militar, vista como período ordeiro e seguro, e o ódio à esquerda, rejeitada ao ponto da demonização.
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