Parque público da lagoa de Carapicuíba
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2359-5361.v0i23p66-80Palavras-chave:
Parque. Várzea. Rio. LagoaResumo
O parque público na lagoa de Carapicuíba é um projeto derivado das exigências ambientais impostas ao DAEE pelo Consema, para compensar os impactos causados pela utilização da lagoa de Carapicuíba como bota-fora do material escavado no processo de ampliação da calha do rio
Tietê. A ampliação da calha do rio Tietê constitui empreendimento do Governo do Estado de São Paulo, implementado com o aporte de recursos provenientes de financiamento do JBIC, com vistas a superar graves problemas de inundações que vinham afetando a cidade de São
Paulo. A crescente urbanização da metrópole e a conseqüente impermeabilização do solo, associada à canalização dos cursos d’água que afluem ao Tietê, provocaram aumentos expressivos dos
picos de cheias nesse rio que em muito excediam a capacidade de escoamento de sua calha. Como a várzea natural do rio foi totalmente urbanizada após a sua retificação, o extravasamento do rio afetava áreas urbanizadas e as vias marginais que articulam as principais rodovias de
acesso à metrópole, causando sérios problemas econômicos e sociais de âmbito regional. A solução encontrada contempla a ampliação da capacidade de escoamento da calha através de seu alargamento e aprofundamento numa extensão de 40 km, dos quais já foram
implantados 16 km da Fase I, entre a barragem de Edgard de Souza e a barragem Móvel, e se acham em fase final de implantação as obras da Fase II, entre a barragem Móvel e a barragem da Penha. O parque público projetado na lagoa de Carapicuíba está absolutamente vinculado ao rio Tietê; o contorno da lagoa de Carapicuíba origina-se de uma das alças de meandros do Tietê. Ao ser retificado, a área formada pela alça do antigo leito e pelo traçado atual, foi alvo de extração de areia gerando a lagoa. O aterro que será o suporte para o parque, por sua vez, está sendo implantado com o bota fora da calha do rio. O material inerte a ser retirado da calha está sendo lançado na área de propriedade da EMAE, na lagoa de Carapicuíba, antiga cava de mineração, com autorização dos órgãos ambientais. O parque conterá elementos estruturais que remetem a história do rio e a sua importância no estado de São Paulo bem como reflete no seu desenho conceitos de sustentabilidade como por exemplo o sistema de drenagem do terreno.
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