A cidade como espaço de festa: uma leitura sobre as Festas de Agosto e o Festival Folclórico de Montes Claros (MG)

Autores/as

Palabras clave:

festas de agosto, congado, espaço urbano, festas populares, Montes Claros

Resumen

Através dos tempos, festas populares têm se mostrado como elementos indispensáveis para se pensar o espaço urbano contemporâneo, sendo cada vez mais associadas a propostas de valorização e trazendo novas possibilidades de leitura da cidade. O presente estudo tem como recorte as “Festas de Agosto” e o “Festival Folclórico”, duas celebrações religiosas e tradicionais do Congado na cidade de Montes Claros (MG), objetivando compreender a relação existente entre festa, evento e cidade, através de laços materiais e imateriais, sejam eles existentes na ocupação do espaço pelas celebrações, ou dos significados e vínculos criados a partir dessa relação no decorrer do tempo de sua existência. O estudo parte da revisão bibliográfica e um olhar etnográfico, atendo-se tanto a aspectos históricos, quanto à forma como as festas se operacionalizam atualmente, de maneira a identificá-las como foram se moldando junto à história da cidade, e como estas não só influenciaram seu desenvolvimento, mas como as festas também foram influenciadas pela construção do espaço e pela sociedade.

Biografía del autor/a

  • Luis Fellipe Dias Souza, Universidade Federal de Uberlândia

    Mestrando em Arquitetura e Urbanismo no Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Uberlândia, MG

  • Luiz Carlos de Laurentiz, Universidade Federal de Uberlândia

    Doutor em Comunicação Social pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e professor no Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Uberlândia, MG

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Publicado

2024-05-16

Cómo citar

Souza, L. F. D. ., & Laurentiz, L. C. de . (2024). A cidade como espaço de festa: uma leitura sobre as Festas de Agosto e o Festival Folclórico de Montes Claros (MG). Ponto Urbe, 1(30), 1-27. https://www.revistas.usp.br/pontourbe/article/view/217295