Transição entre interior e exterior de edifícios com térreo livre em São Paulo e Nova Iorque
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.psrevprogramapsgradarquiturbanfauusp.2021.176121Palavras-chave:
Galerias, Pórticos, Espaços de transição, São Paulo, Nova IorqueResumo
O trabalho compara a legislação urbanística e sua espacialização em edifícios com térreo livre, para São Paulo, Brasil, e Nova Iorque, EUA, em períodos concomitantes. A partir de 1930, com o Plano de Avenidas de Prestes Maia, obras viárias em São Paulo impulsionaram a produção imobiliária no centro novo, construindo-se edifícios com galerias ou com programas multifuncionais com uso comercial nos térreos livres. A contrapartida do poder público à verticalização dos edifícios desejada pelo mercado imobiliário foi a legislação estudada. Esse modelo alastrou-se nas áreas da Paulista e Faria Lima. No caso de Nova Iorque, após 1960, sobretudo no Downtown e no Midtown, a legislação incentivou a construção de áreas de transição entre espaços públicos e privados, inicialmente como áreas abertas denominadas plazas ou cobertas denominadas arcades. A comparação mostra que, em Nova Iorque, há quantidade considerável desses espaços, que não se articulam com intervenções urbanísticas viárias, enquanto em São Paulo, as obras viárias serviram para produção de certo número de passagens e galerias. Em ambos os casos os benefícios à permeabilidade e à conectividade do tecido urbano são relevantes
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