Do Feminismo Radical ao Feminismo Pró-sexo: como a pornografia é vista?
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2237-2423.v10i2pe00102205Palavras-chave:
feminismos, antipornografia, pós pornografia, trabalho sexualResumo
Para além das agendas governamentais conservadoras e de grupos religiosos, o fim da pornografia é visto como necessário também pelo feminismo radical, sob a chave de proteção da mulher, levando em conta que a pornografia reproduz opressões estruturais, como o machismo, o sexismo e a misoginia. Em uma outra postura teórica e prática, o feminismo pró-sexo se consolida como uma reação à censura proposta à pornografia e propõe o desenvolvimento de uma outra pornografia, que considere desejos e corpos marginalizados na posição de sujeitos. A partir das teorizações do feminismo radical e do feminismo pró-sexo, o presente artigo se propõe a fazer um levantamento bibliográfico das principais problematizações desses dois feminismos acerca da pornografia, a fim de assimilar e expor suas principais implicações teóricas e práticas.
Downloads
Referências
AZEVEDO, Adriana Pinto Fernandes de. Sexorcismos Selvagens: pós-pornografia e performance. Seminário de Tese. PUC – Rio, 2013.
BALTAR, Mariana; SARMET, Érica Ramos. Redes de deboche e excesso: práticas performáticas no pós-pornô da América Latina. Dossiê Feminismo Vitais, Revista Ecopos, v. 24, n. 1, 2021.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 21ª Edição. Civilização Brasileira: Rio de Janeiro, 2021.
BUTLER, Judith. RUBIN, Gayle. Tráfico Sexual: entrevista a Gayle Rubin. Cadernos Pagu, 2003.
CECCARELLI, Paulo Roberto. A pornografia e o ocidente. Revista (In)visível, Portugal, 2011.
DESPENTES, Virginie. Teoria King-Kong. N – 1 Edições: São Paulo, 2016.
DWORKIN, Andrea. Pornography: men possessing women. A Plume Book: USA, 1979.
FERNANDES, Gabriela Fardin. A construção das memórias íntimas de uma personagem feminina em Fanny Hill: Memoirs of a Woman of Pleasure, de John Cleland, e na peça The Life and Times of Fanny Hill, de April de Angelis: aproximações e distanciamentos. Dissertação (Mestrado). São Jose do Rio Preto – SP, 2019.
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade 1: a vontade de saber. 11ª Edição. Rio de Janeiro | São Paulo: Editora Paz & Terra, 2021.
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade 2: o uso dos prazeres. 9ª Edição. Rio de Janeiro | São Paulo: Editora Paz & Terra, 2021.
FREITAS, Suelem Lopes de; LEITES, Bruno Bueno Pinto. Da pornografia à pós-pornografia: práticas contrassexuais no audiovisual. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul, Curitiba, 2016.
FREUD, S. Edição Standart Brasileira das Obras Completas ESB. Rio de Janeiro: Imago, 1969 (Ed. 2006).
FREUD, S. (1908). Moral sexual “civilizada” e doença nervosa moderna. In: ESB. Op., 2006.
GREGORI, Maria Filomena. Relações de violência e erotismo. Cadernos Pagu, 2003.
HARAWAY, Donna J. KUNZRU, Hari. Antropologia do Ciborgue: as vertigens do pós-humano. Organização e tradução: Tomaz Tadeu. 2ª Edição. Editora Autêntica: Belo Horizonte, 2009.
HERNANDEZ, Esperanza Moreno. Cuerpos Lesbianos en la Red. De la Representación de la Sexualidad Lesbiana a la Postpornografía. Dissertação de Mestrado. Universidad Politecnica de Valencia. 2010.
HUNT, Lynn. A invenção da pornografia: obscenidade e as origens da modernidade 1500 – 1800. Tradução Carlos Szlak. Editora Hedra: São Paulo, 1999.
KENDRICK, Walter. The Secret Museum. Pornography in modern culture. Berkeley,University of California Press, 1996.
LOBO, Elizabeth Souza. A classe operária tem dois sexos: trabalho, dominação e resistência. São Paulo: Editora Brasiliense, 1991.
LOBO, Tais. Intuições corpóreas acerca de uma autopornografia. Publicado em 2013. Disponível em: < http://nuvem.tk/wiki/index.php/Tais_Lobo > Acesso em 20 de abril de 2022.
MCELROY, Wendy. XXX: A women’s right to pornography. St. Martin’s Press, 1995.
OIT: Organização Internacional do Trabalho. Disponível em: < https://www.ilo.org/brasilia/lang--en/index.htm > Acesso em 17 de abril de 2022.
OLIVAR, José Miguel Nieto. Prostituição feminina e direitos sexuais... diálogos possíveis? Sexualidad, Salud y Sociedad (Rio de Janeiro), 2012.
PORCHAT, Patricia. Um corpo para Judith Butler. Periódicus, n. 3, v. 1, 2015.
PORNO PORSI (2011). Disponível em: < https://proyectopornoporsi.wordpress.com/ > Acesso em 11 de maio de 2022.
PRECIADO, Paul B. Mujeres en los márgenes. Babelia: El País, 2007. Disponível em: < https://elpais.com/diario/2007/01/13/babelia/1168648750_850215.html > Acesso em 27 de abril de 2022.
PRECIADO, Beatriz. Posporno: exicitación dissidente. Revista Parole de Queer, n.4, 2010.
RIBEIRO NETO, Alberto. Pornografia na cultura virtual: Considerações psicanalíticas sobre devaneios eróticos na rede mundial de dados digitais. Dissertação (mestrado). UFPA: Belém, 2017.
RUBIN, Gayle S. Pensando sobre sexo: Notas para uma teoria radical da política da sexualidade. Cadernos Pagu (21), 2003.
RUSSEL, Diana E. H. Making Violence Sexy: feminist views on pornography. Published by Teachers College Press, Amsterdam Avenue, New York.
SARMET, Érica. Pós-pornô, dissidência sexual e a situación cuir latino-americana: pontos de partida para o debate. Revista Periódicus, 1ª edição maio-outubro de 2014.
SILVA, Beatriz Bianca Barbosa da. Olhar desviante: os cinemas pornôs e o desenvolvimento da pós-pornografia como linguagem alternativa. XIII Encontro Estadual de História: história e mídias – narrativas em disputa, 2020.
UNICEF: Fundo das Nações Unidas para a Infância. Disponível em: < https://www.unicef.org/brazil/ > Acesso em 17 de abril de 2022.
UNAIDS. Disponível em: < https://unaids.org.br/ > Acesso em 17 de abril de 2022.
UNFPA. Disponível em: < https://brazil.unfpa.org/pt-br > Acesso em 17 de abril de 2022.
UNODC, United Nations Office on Drugs and Crime. Unodc.org, 2004. Disponível em: < https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/crime/marco-legal.html > Acesso em 17 de abril de 2022.
VEJA, Abril. Festival tem programação com temas ligados à sexualidade. Por Da Redação, em 29 de maio de 2012. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/cultura/festival-tem-programacao-com-temas-ligados-a-sexualidade/ > Acesso em 11 de maio de 2022.
WHO: Word Health Organization. Disponível em: < https://www.who.int/ > Acesso em 17 de abril de 2022.
WILLIAMS, Linda. Hard Core. Power, pleasure and the frenzy of the visible. University of California Press, 1989.
WILLIANS, Linda. Uma Agente Provocadora: A Pornografia e A Arte da Performance de Annie Sprinkle. eRevista Performatus, Inhumas, ano 5, n. 17, 2017.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Primeiros Estudos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autorizo a Primeiros Estudos - Revista de Graduação em Ciências Sociais a publicar o trabalho (Artigo, Resenha ou Tradução) de minha autoria/responsabilidade, assim como me responsabilizo pelo uso das imagens, caso seja aceito para a publicação on-line.
Concordo a presente declaração como expressão absoluta da verdade e me responsabilizo integralmente, em meu nome e de eventuais co-autores, pelo material apresentado e testo o ineditismo do texto enviado.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
