A trajetória do movimento feminista e das conquistas jurídicas até a paridade de gênero na Convención Constitucional chilena

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1676-6288.prolam.2022.196649

Palavras-chave:

Participação política, Direitos das mulheres, Convenção Constitucional chilena, estallido social, movimento feminista no Chile

Resumo

Neste artigo analisamos o processo de interpelação das mulheres à Assembleia Constituinte chilena como resultado da mobilização e da formação política ao longo de anos de luta por direitos. O marco inicial deste estudo é a primeira mobilização dos estudantes secundaristas, em 2006, findando nos acontecimentos do Mayo Feminista, em 2018, quando da aprovação de um processo constituinte. Destaca-se neste trabalho a centralidade do pensamento, ação e luta das mulheres e do feminismo chileno, pois aqui demonstramos o quanto a luta permanente das mulheres contra as estruturas patriarcais da sociedade e, principalmente, contra as instituições estatais. O resultado foi a participação das mulheres na Convenção Constituinte em termos paritários com os homens. As premissas deste trabalho se sustentam numa revisão das principais leis para a equidade nas relações de gênero, editadas a partir de 2015. Além da análise da legislação e de normas, realizamos, finalmente, uma consulta bibliográfica sobre o movimento de mulheres e feministas numa perspectiva histórica. Conclui-se que o modelo paritário da Assembleia constituinte é parte de um projeto de construção coletiva feminista da sociedade, após a politização da violência vivenciada contra as mulheres.

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Biografia do Autor

  • Paloma Gerzeli Pitre, Universidade de São Paulo

    Mestre em Ciências sociais pelo Programa de Pós-graduação em Integração da América Latina (PROLAM-USP) (2022), tendo estudado o processo constituinte chileno (2020 - 2021) e suas interseções com o novo constitucionalismo latino-americano. Graduada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2016). Pesquisadora do NUPEDELAS/USP com experiência em direitos humanos e sustentabilidade. Atualmente é consultora na União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). E-mail:  palomagpitre@gmail.com

  • Ana Paula Galvão, Universidade de São Paulo

     Mestranda em Ciências sociais pelo Programa de Pós-graduação em Integração da América Latina (PROLAM -USP). Estuda a interação das artes visuais e os avanços dos Direitos Sexuais e Reprodutivos na Argentina e no Chile. Especialista em Gestão Cultural pelo CELACC-Centro de Estudos Latino-Americano da USP e graduada em Comunicação Social-Relações Públicas pela Escola de Comunicações e Artes da mesma universidade. E-mail: anapaulagalvao@usp.br

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Publicado

2022-12-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Pitre, P. G., & Galvão, A. P. . (2022). A trajetória do movimento feminista e das conquistas jurídicas até a paridade de gênero na Convención Constitucional chilena. Brazilian Journal of Latin American Studies, 21(44), 268-317. https://doi.org/10.11606/issn.1676-6288.prolam.2022.196649