A fotografia e a “descoberta” da histeria

Autores

  • David Borges Florsheim

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-656420140076

Palavras-chave:

psicopatologia, realidade, fotografia, histeria, Charcot

Resumo

Historicamente marcado na oposição entre orgânico e psíquico, o conceito de histeria continua no centro de controvérsias entre saberes influentes como psicanálise e psiquiatria. Contrapondo uma concepção que defende a existência de um mundo independente da mente humana (realismo) e uma que a nega (antirrealismo), buscamos pensar como se deu a criação desse conceito. Em acordo com o movimento científico do século XIX, o médico francês Jean-Martin Charcot utilizou a fotografia, entendida na época como a “verdadeira retina” do cientista, para criar uma classificação do ser humano. Inserir essa construção de conhecimento em seu contexto sociocultural possibilita diversos questionamentos quanto à sua objetividade. Nossa concepção é a de que refletir criticamente sobre a formação dos conceitos contribui com elementos para um melhor exercício da alteridade no interior da psicopatologia.

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Publicado

2016-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

A fotografia e a “descoberta” da histeria. (2016). Psicologia USP, 27(3), 404-413. https://doi.org/10.1590/0103-656420140076